A SES (Secretaria de Estado de Saúde) recebeu dois kits para diagnósticos da Monkeypox do Ministério da Saúde. Os materiais de testagem chegaram na sexta-feira (21) e as equipes do LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública) estão em processo de validação dos testes, kits e dos equipamentos, para iniciar a análise das amostras.
Segundo o secretário de Estado de Saúde, Flávio Britto, o Ministério da Saúde enviou inicialmente dois kits para análises das amostras no Estado, com expectativa de iniciar os testes nesta semana. “Esses kits nos permitirão analisar 190 amostras. A equipe do Lacen está seguindo os protocolos e validando os testes e os kits de controle para saber se há a compatibilização deste material com os nossos equipamentos de extração. A previsão, se tudo estiver validado, é que na quarta-feira (26) já iniciamos as análises das amostras colhidas no nosso Lacen”.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, o teste encaminhado para o Estado é capaz de fazer a identificação do vírus a partir das amostras colhidas em cada indivíduo. O material genético é coletado a partir da secreção formada pelas lesões que surgem na pele.
A farmacêutica bioquímica do Lacen, Miriam Tokeshi, explica que a orientação do Ministério da Saúde é que os testes sejam usados em pessoas com suspeitas da doença. “É importante dizer que esse kit permite fazer a análise em 190 amostras, mas o Ministério da Saúde ainda não nos informou se vamos receber novos testes”.
Ela também ressalta que os testes devem iniciar com urgência. “A expectativa é que façamos uma média de 30 testes por semana. Antes de recebermos esses kits, as nossas amostras eram encaminhadas para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fiocruz no Rio de Janeiro, que analisava e nos mandava os resultados. Desta forma, a análise das amostras será mais rápida no nosso Estado”.
Monkeypox
O Monkeypox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox, vírus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae. Embora receba a nomenclatura de “varíola dos macacos”, o atual surto não tem a participação de macacos na transmissão para seres humanos. Todas as transmissões identificadas até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídas à contaminação por transmissão entre pessoas.
Os sintomas mais comuns da varíola dos macacos são erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, também conhecidos como ínguas; dor de cabeça; calafrios e fraqueza. Quaisquer sintomas, procure uma unidade de saúde.
Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste.