Hepatite Viral: Conheça os sintomas e saiba como proteger seu fígado

Foto: Divulgação
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O excesso de bebida alcoolica, alguns medicamentos, bactérias, doenças autoimunes, metabólicas, genéticas, ou por infecção provocada por alguns tipos de vírus, essas últimas conhecidas como hepatites virais, são algumas das origens para a inflamação do fígado conhecida como hepatite.

Essa inflamação pode ser crônica ou aguda e acomete homens e mulheres em diferentes idades. Embora existam diversos tipos de hepatites virais no País e entre elas, as mais comuns e letais são as do tipo A, B e C.

A maioria das vezes as hepatites são assintomáticas, segundo Dra. Luciana Araújo Bento, gastroenterologista e hepatologista da Unimed Campo Grande. “na maioria das vezes as hepatites não apresentam nenhum sintoma, mas quando apresentam, existem alguns mais comuns, que são olhos e pele amarelados, mal-estar, dor abdominal, náuseas e vômitos, perda de apetite, febre baixa e urina escura”, explica.

É essencial, segundo a especialista, evitar os fatores que causam a doença e também ter um diagnóstico precoce pois, evita-se que a hepatite evolua para um caso mais grave, como a cirrose, ou insuficiência hepática.

Ainda segundo a Dra. Luciana é possível tratar todos os tipos de hepatite. “muitas vezes, elas têm cura, mas para isso, é preciso passar por consultas de rotina regularmente. Assim um especialista pode diagnosticar a doença e o tipo dela, e prescreva o tratamento mais adequado para cada caso”, diz.

Contágio – Existem algumas formas de contágio ao vírus da hepatite, saiba quais são:

Hepatite A (vírus HAV): é mais comum em áreas com condições precárias de saneamento e higiene, podendo pode ser transmitida principalmente por meio de água e alimentos contaminados, mas também por meio de relação sexual sem o uso de preservativo.   

Hepatite B (vírus HBV):  é transmitida de uma pessoa a outra por meio do contato com fluidos corporais, sangue, drogas injetáveis, lâminas de barbear e alicates não esterilizados, mas também por meio de relação sexual sem proteção e durante o parto. 

Hepatite C (vírus HCV)seu meio de transmissão é semelhante ao da hepatite B, principalmente pelo uso compartilhado de instrumentos cortantes ou perfurantes não esterilizados, como alicate de unha, lâmina de barbear, instrumentos utilizados tatuagem, piercing ou em tratamentos odontológicos. 

Hepatite medicamentosa:  causada pelo consumo excessivo de determinados medicamentos que acabam causando inflamação no fígado.   

Esteato-hepatite: caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado, pode resultar em um processo inflamatório do órgão, com risco de evoluir para cirrose, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular.   

Hepatite autoimune: resulta da falha no sistema imunológico, produzindo anticorpos que reagem contra o fígado.    

Vale lembrar que já existem vacinas disponíveis nos postos de saúde contra as hepatites do tipo A e B. Já os outros tipos o importante é a prevenção como por exemplo, uso de preservativos em todas as relações sexuais, não compartilhar seringas, alicates, lâminas ou quaisquer instrumentos cortantes ou perfurantes , ingestão de água não potável, lavar bem os alimentos antes do consumo  e lavar as mãos após ir ao banheiro.

Diogrande – Em publicação no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) de ontem (26), Resolução nº 670 de 22 de julho de 2022, da Sesau (Secretaria de Saúde) do Município, foi instituído critérios para vigilância, definições e e encerramento das investigações de notificações de óbitos por hepatites virais em Campo Grande.

De acordo com a publicação, fica instituído critérios para vigilância, definições e encerramento das investigações de notificações de óbitos por Hepatites Virais no município. Para a declaração de óbito ser encerrada com a causa morte por Hepatite é obrigatório os resultados dos marcadores sorológicos confirmado o caso, conforme cada tipo.

Hepatite A – Indivíduo com suspeita clinica que apresente vinculo epidemiológico com caso confirmado laboratorialmente:
Anti-HAV IgM reagente; Indivíduo com suspeita clínica que apresente vinculo epidemiológico com caso
confirmado laboratorialmente (anti-HAV IgM reagente) de hepatite A; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite A na declaração de óbito; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especifica
na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite A após investigação.

Hepatite B – Indivíduo que apresente um ou mais dos marcadores sorológicos reagente ou exame de biologia molecular para Hepatite B: HBsAg reagente (incluindo Teste Rápido); Anti HBC IgM reagente; HBV-DNA detectável; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite B na declaração de óbito;  Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especifica na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite B após investigação.

Hepatite C – Indivíduo que apresente um ou mais marcadores sorológicos reagentes ou exame de Biologia molecular para Hepatite C: Anti HCV total regente (incluindo Teste Rápido), HCV-RNA Detectável; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite C na declaração de óbito; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especifica na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite C após investigação.

Hepatite D – Indivíduo que apresente um ou mais marcadores sorológicos reagentes incluindo o marcador Hepatite B, e exame de biologia molecular para hepatite D: Anti HDV total reagente; HDV-RNA Detectável; Marcador HBsAg;HBc total; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite D na declaração de óbito; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especifica na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite D após investigação.

Hepatite E – Indivíduo que apresente um ou mais marcadores reagentes ou exame de Biologia Molecular: Anti HEV IgM e HEV IgG reagentes; HEV-RNA Detectável; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite E na declaração de
óbito; Indivíduo que evolua ao óbito com menção de hepatite sem etiologia especifica na declaração de óbito, mas que tem confirmação para hepatite E após investigação.

 

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