Fronteira da Bolívia com Corumbá segue fechada por manifestações de professores

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Foto: Diário Corumbaense

A fronteira da Bolívia com Corumbá está fechada pela segunda vez por professores, que se mobilizam em todo território nacional. O protesto começou ontem (31), os manifestantes também estão concentrados na estrada Bioceânica, que liga os dois países via terrestre.

Apenas pessoas a pé podem passar, sendo impedida a navegação de veículos. Algumas pessoas estão utilizando estradas vicinais para atravessar os dois lados da fronteira. Os professores que melhores condições de trabalho, orçamento e são contrários à implantação do novo currículo escolar.

Em entrevista ao portal Diário Corumbaense, a representante da Federação de Puerto Suárez do Magistério Urbano, Aidee Terrazas Cabezas, explicou que na faixa de fronteira a manifestação será nesta quinta e sexta, com um intervalo de abertura no final do dia.

“O fechamento da fronteira será por 48h, das 06h até às 18h, quando o tráfego será liberado, conforme determinação da assembleia da categoria. Cada região de sua federação está instalando o ponto de bloqueio. Caso não haja nenhuma resposta do governo, voltaremos com os protestos por 72h, caso persista, aí sim, iniciamos os protestos de forma indefinida”, explicou Aidee Terrazas.

Segunda vez

Em 15 de março deste ano os professores já haviam interditado a fronteira, e realizaram uma caminhada na área de fronteira, com faixas e cartazes, para chamar a atenção do governo, até a ponte que limita os dois países. Após isso, o tráfego foi fechado para veículos.

Os protestos tomaram conta de toda a Bolívia. Em cada departamento, os professores estão nas ruas pedindo atenção para as reivindicações. Há possibilidade de um encontro entre governo e lideranças sindicais dos professores.

Demandas

Os professores reivindicam o pagamento de horas como dívida histórica do Governo, aumento de itens, aposentadoria de 100%, aumento do orçamento para a educação e também rejeitam a aplicação dos conteúdos no novo quadro curricular.

Os novos conteúdos curriculares incluem informações desde contribuições à AFP até cultos à Pachamama e se faz referência a conteúdos como “prazeres e desprazeres” no ensino primário.

A esse respeito, a vice-ministra de educação alternativa, Sandra Cruz, afirmou que há abertura para o diálogo, mas que não haverá modificações no novo currículo. Segundo ela, os conteúdos são flexíveis à didática dos professores e não são uma imposição.

O ministro da Educação, Edgar Pary, tinha anunciado na terça-feira que estava  analisando o documento apresentado pelos professores com os seus colaboradores, mas a resposta está à espera.

Nesse tempo, a pasta do Estado anunciou descontos nos salários dos professores que aderirem à paralisação. O setor mobilizado anunciou que manterá os protestos apesar do alerta por considerar suas reivindicações “justas”. Asseguraram que cederam em grande parte de suas reivindicações.

Com informações do Diário Corumbaense.

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