Fiscalização do Coren revela falta de EPIs no Hospital da Vida

Há uma semana Dourados segue como líder no número de casos do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Na terça-feira (2), a cidade alcançou os 339 contaminados e, em uma semana, praticamente dobrou os números, com 335 a mais, totalizando os 674 registrados no último boletim epidemiológico da SES (Secretária de Estado de Saúde), e consolidando o posto de epicentro do vírus no Estado.

A situação pode se agravar mais já que o sistema de saúde não parece estar preparado para atender a demanda do município e das cidades vizinhas, conforme um relatório produzido pelo Coren-MS (Conselho Regional de Enfermagem).

O documento revela que o Hospital da Vida conta com estrutura precária para realizar o atendimento a casos de COVID, pois existe um deficit nos servidores, falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), contando com apenas um termômetro digital infravermelho para uso, e, ainda, os pacientes tratam de especialidades diferentes no mesmo ambiente.

De acordo com o presidente do Coren, Sebastião Júnior Henrique Duarte, atualmente, o Hospital da Vida é referência no tratamento de pacientes de trauma e em neurocirurgias. “Nós fiscalizamos todos os serviços de saúde, o Hospital da Vida recebe um grande fluxo de pacientes provindos de trauma e é referência para neurocirurgias e ele vai atender pacientes com COVID que se enquadram no perfil de atendimento do hospital”, relatou.

Porém, é a estrutura que contabiliza o maior fluxo de pacientes, que durante esta pandemia acabam aglomerados na mesma sala, mesmo que apresentam quadros e, até mesmo, sintomas diferentes, apresentando riscos tanto para as equipes quanto para outros pacientes. “Na fiscalização nós notamos que a estrutura física do hospital está comprometendo a segurança dos pacientes e dos profissionais, pois todos são atendidos na mesma sala. Nós realizamos a fiscalização e solicitamos que eles se adequassem, separando o pessoal”, assegurou.

Duarte ainda apontou em relatório que a equipe destinada para atendimento se encontra insuficiente, o que pode colocar em risco o atendimento e, ainda, facilitar a contaminação das equipes. Outro ponto encontrado foi a falta de estrutura no local. “Não é só isso, o hospital tem a falta de equipamentos, que quando é necessário, eles utilizam por meio de empréstimos, sendo essa uma outra situação que pode prejudicar os profissionais. A promotoria teria averiguado, que havia a falta de luvas do tamanho P e M, e o juiz já deu um prazo para que fossem implantadas as melhorias necessárias nos hospitais”, revelou.

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(Texto: Amanda Amorim/Publicado por João Fernandes)

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