Evento debate arborização adequada para a Campo Grande do amanhã

Foto: Marcos Ermínio
Foto: Marcos Ermínio

Campo Grande está no ranking das cidades mais bonitas e arborizadas do país. Entretanto, a mesma árvore que sombreia, enfeita e refresca o “calorão”, nem sempre é gentil quando o assunto é temporal. A cada galho e tronco que cai sobre casas, muros, carros e até sobre a rede elétrica, obstrue ruas e provoca contratempos. É por isso que o plantio adequado se faz tão necessário.

Pensando nisso, o seminário “Governança e políticas públicas sobre arborização urbana”, realizado ontem (22) pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), reuniu diversos municípios de Mato Grosso do Sul em prol de um futuro mais arborizado – e não só na Capital.

Evento reuniu diversos servidores de municípios de MS e ainda grandes especialistas no tema. Foto: João Prestes/Imasul

No evento, o ponto principal recaiu especialmente no ponto do planejamento: escolher espécies adequadas para cada tipo de solo e ter espaço suficiente para suportar seu crescimento. Ainda, executar a poda corretamente para não comprometer o equilíbrio e a sobrevida da planta.

“Em Roraima, por exemplo, 95% dos municípios exercem a gestão ambiental; no Espírito Santo, 100%”, citou o superintendente de Meio Ambiente da Semagro, Pedro Mendes Neto. “A arborização é uma das intervençôes de importância na cidade, mas que deve ser feita com técnica, com qualidade”, afirmou.

Campo Grande é uma das capitais com vasta arborização urbana – mas ainda tem muito a melhorar. Foto: Reprodução/Mapio

“Enquanto apenas 15 municípios de MS assumiram o licenciamento ambiental, outros estados já estão com esse processo muito mais avançado”, criticou Mendes Neto sobre a falta de descentralização da gestão ambiental sul-mato-grossense.

Por sua vez, Marcelo Vinhaes, presidente do Grupo Energisa, exemplificou que 80% das interrupções no serviço de energia elétrica são causados por queda de árvores ou galhos – fato que poderia ser evitado com o correto plantio e manejo.

Já para a bióloga, servidora da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) de Campo Grande e palestrante do dia, Gissele Giraldelli, antes de se optar pela retirada de uma árvore é preciso esgotar todas as possibilidades de mantê-la, “provendo o que for necessário para recuperação de sua saúde”.

Participaram, ainda, Daniel Tonelli Caiche, engenheiro florestal e doutor em Ciências Ambientais pela UFSCar (Universidade de São Carlos) e Andreliz Silva Souza, coordenadora de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Semagro.

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