Estado e município discutem a implantação de dois novos hospitais em Campo Grande

Hospital
Foto: Valentin Manieri

Expectativa é de que o anúncio oficial aconteça até o fim deste ano

Mato Grosso do Sul, em parceria com o município de Campo Grande, está discutindo a implantação de dois hospitais na Capital. Um seria no Hospital São Julião, denominado Hospital do Idoso, de referência para tratamento de doenças crônicas degenerativas, que segundo o secretário estadual Geraldo Resende está com as tratativas bem adiantadas. 

A outra possibilidade é a construção de um hospital materno-infantil anexo à Maternidade Cândido Mariano. Resende explicou que seria um hospital verticalizado, ao lado da maternidade.

Vale lembrar que, durante a visita do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao Estado, no dia 15 deste mês, um dos pedidos levados até ele foi, justamente, o da construção do Hospital do Idoso em Campo Grande. O ofício que busca um aporte financeiro de R$ 50 milhões foi entregue pelo secretário estadual. A ideia é de que a unidade hospitalar tenha capacidade para 140 leitos, com serviços de pronto atendimento, ambulatório especializado, internação hospitalar, unidade de terapia intensiva, hospital-dia geriátrico e serviço de assistência domiciliar.

A pasta está trabalhando para materialização desses projetos. A SES [Secretaria de Estado de Saúde] quer deixar essas unidades como legado da gestão. O Hospital do Idoso já está bem adiantado em relação as tratativas e a parceria com o Hospital São Julião”, assegurou o secretário durante a live de ontem (30). 

Os projetos estão sendo discutidos em parceria com o município de Campo Grande. Conforme a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a implantação dos hospitais ainda está na fase inicial e não tem nada definido. “Estão sendo tratados, não tem nenhuma previsão de quando serão operacionalizados”, dizia trecho da nota. 

A Sesau informou ainda que no Hospital São Julião, além do tratamento das doenças crônicas, na unidade também funcionará outro ambulatório pós-COVID para atendimento de pacientes com sequelas da doença.

Questionado, o prefeito da Capital, Marquinhos Trad, informou que o projeto vai solucionar, mesmo que parcialmente, uma necessidade da população, mas ainda faltam investimentos em maior escala para sanar, de fato, a necessidade de Campo Grande. 

“Há muito tempo a gente ouve o discurso da criação desses hospitais. O município por si só, solitariamente não consegue, ou a gente tem que ter ajuda do Estado ou do governo federal. As tratativas estão em passos largos, todavia nada ainda sólido e concreto. Seria a antiga clínica da criança, e que o município tomaria para si, mas seria um número pequeno, já seria o primeiro andar, mas não é aquilo que ainda Campo Grande merece”, destacou. 

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado ontem (30), 583 novos casos e 14 mortes foram registrados em Mato Grosso do Sul. A taxa de contágio voltou a subir e, pelo quinto dia consecutivo, o índice se mantém a 0,87.  Há 12 dias, a taxa era de 0,82. 

“Isso mostra que ainda não vencemos a doença e precisamos manter os cuidados que desde o início da pandemia falamos. Se estivéssemos em uma luta de boxe, já que estamos nas Olimpíadas, nós ainda não nocauteamos, derrubamos, o inimigo”, disse o secretário. 

Nessa sexta-feira (30), pelo menos, 582 pessoas estavam internadas, sendo 253 em leitos clínicos e 329 em UTIs. Na fila de espera por uma vaga, estavam 16 pessoas, 13 na regulação de Campo Grande e 3 na regulação estadual. A taxa de ocupação dos leitos de UTI/SUS por macrorregião segue abaixo dos 100%. Sendo em Campo Grande (85%), Dourados (70%), Três Lagoas (65%) e Corumbá (60%). 

(Rafaela Alves)

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