Desocupação em MS sobe no 1º trimestre de 2023 e tem a 4ª menor taxa entre os estados

Foto: Simone Mello/Agência IBGE Notícias
Foto: Simone Mello/Agência IBGE Notícias

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (18), a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do 1º trimestre de 2023, com dados sobre o mercado de trabalho e características da população do Brasil e Mato Grosso do Sul.

Mato Grosso do Sul, no primeiro trimestre de 2023, tinha 2,18 milhões de pessoas em idade de trabalhar, ou seja, 20 mil pessoas (0,9%) a mais em relação ao mesmo período do ano anterior. Destas, 1,5 milhão estavam na força de trabalho, sendo que 1,4 milhão estavam ocupadas e 73 mil desocupadas.

O nível de ocupação foi estimado em 64,4%, representando uma redução de 0,8 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre anterior e um aumento de 3,6 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado (60,8%).

Desocupação

A taxa de desocupação em MS no 1º trimestre de 2023 foi estimada em 4,8%. Esse valor representa uma variação de 1,5 p.p. em relação ao trimestre imediatamente anterior e de -1,7 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado.

Com este resultado, MS caiu uma posição no ranking entre as Ufs (era o terceiro menor no 4º trimestre de 2022), ficando com a 4ª menor taxa de desocupação, atrás somente de Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%).

A população fora da força de trabalho – que não estava nem ocupada, nem desocupada na semana de referência em MS – foi estimada em 717 mil, apresentando estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior (719 mil), e queda de 4,9% quando comparado ao mesmo período de 2022 (754 mil).

No Estado, a estimativa de pessoas desalentadas (quem se mostra sem ânimo para trabalhar) no 1º trimestre de 2023, foi de 11 mil, representando uma queda de 55,8% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (25 mil).

Em MS, em um ano, houve aumento de 8,6% entre as pessoas sem carteira de trabalho no setor privado

Em números absolutos, são 1,0 milhão de empregados no Estado, destes, 715 mil estão no setor privado, 201 mil no setor público e 85 mil trabalhadores domésticos.  Tratando-se de empregados no setor privado o número variou negativamente em 53 mil pessoas, ou seja, queda de 8,0% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O número das pessoas, ainda no setor privado, sem carteira de trabalho assinada foi estimado em 168 mil, variando em 13 mil pessoas, correspondendo a um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já quanto ao trimestre imediamente anterior, houve estabilidade.

Quanto às pessoas com carteira de trabalho assinada, ainda no setor privado, houve crescimento de 40 mil pessoas (7,9%) se comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, porém, quando comparado ao trimestre anterior, houve queda de 4,4%.

Em relação ao setor público, analisando a variação entre o 4º trimestre de 2022 e 1º trimestre de 2023, houve queda de -34,7% entre as pessoas com carteira. Se comparado com o mesmo período do ano anterior, a queda foi de 36,4%.

Dentre as pessoas sem carteira, ainda no setor público, houve aumento de 4,9% comparado ao trimestre anterior, e entre os militares e funcionários públicos estatutários houve aumento de 20,1% se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Taxa de Informalidade em MS fica em 34,3% e estado se mantém com o 6º menor número

A taxa de informalidade de MS para o primeiro trimestre de 2023 ficou em 34,3% da população ocupada. No trimestre anterior, o valor registrado foi de 32,6%. Em números absolutos, são 491 mil trabalhadores nesta situação, sendo que no quarto trimestre de 2022 eram 471 mil.

A taxa de informalidade no Brasil ficou em 39%. Entre as unidades da federação, o estado tem a 6º menor taxa de informalidade. As maiores taxas foram registradas no Pará (59,6%) e Amazonas (57,2%). Já a menor foi registrada em Santa Catarina (26,1%)5
.
População ocupada como empregador em MS cresce 25,8% na comparação com 2022

Em Mato Grosso do Sul, a população ocupada trabalhando por conta própria no 1º trimestre de 2023 era de 320 mil, o que significa um crescimento de 9,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (292 mil) e estabilidade de 0,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior (317 mil).

A população ocupada como empregador, no 1º trimestre de 2023, era de 87 mil, o que demonstra um crescimento de 25,8% em relação ao mesmo trimestre de 2022 (69 mil) e de 12% em relação trimestre imediatamente anterior (78 mil). Das pessoas ocupadas como empregadores e por conta própria, apenas 158 mil possuíam empreendimentos registrados no CNPJ.

Em 2023, o maior índice percentual de trabalhadores com CNPJ pertencia aos ocupados como empregadores, visto que 82,7% deles possuíam o cadastro (72 mil). Na contramão, apenas 26,8% dos trabalhadores por conta própria possuíam CNPJ em MS (86 mil).

Rendimento médio se mantem estável

Para o primeiro trimestre de 2023, o rendimento médio real habitual advindo de todos os trabalhos ficou em R$ 3.161,00. O número é considerado estável em relação ao trimestre anterior (R$ 3.289,00), sendo 10,5% superior em relação ao mesmo trimestre de 2022 (R$ 2.862,00). O gráfico abaixo compara a variação dos rendimentos com o IPCA, a inflação oficial do país.

Adolescente é imobilizado após esfaquear mãe de aluno em escola

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *