Os professores da REME (Rede Municipal de Ensino) realizaram paralização na manhã desta terça-feira (29), e aguardam documento da Prefeitura de Campo Grande que pode apresentar uma solução para aplicação do reajuste de 10,39% referente ao mês de novembro e previsto em lei. Os dias sem aula serão repostos.
A ACPMS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) encaminharam um Oficio para a Semed (Secretaria Municipal de Educação), informando sobre a paralização e, caso a reinvindicação não seja atendida, há possibilidade de greve geral a partir de 1º de dezembro. “A categoria luta pelo cumprimento integral da Lei 6.796/2022 de forma legítima e espera que o município cumpra com o acordo firmado com todos os profissionais da educação”, informa o documento.
Na manhã de hoje, por volta das 8h na frente do Sindicato, os educadores realizam a entrega de panfletos informativos no trânsito e manifestações com cartazes e gritos de “Prefeita cumpra a lei, piso zero nunca mais”. Ainda nesta terça-feira o presidente do Sindicato, Lucilio Souza Nobre, foi até a prefeitura para uma reunião e para receber um possível acordo. A partir da 13h30 será feita uma Assembleia Geral Extraordinária para discutir a proposta e os próximos passos.
A reinvindicação
Após Assembleia Geral realizada na ACPMS (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) na tarde da última quarta-feira (23), os professores da educação pública da Reme (Rede Municipal de Educação) decidiram, por unanimidade, paralisar as atividades na sexta-feira (25).
A decisão da paralisação e de uma possível greve ocorre após a prefeita Adriane Lopes (Patriota) descumprir a determinação da Lei Municipal nº 6.796/2022, que previa o reajuste de 10,39%, referente ao mês de novembro deste ano. A lei estabelece os índices de correção para o ano inteiro e prevê um cronograma de integralização do valor do piso nacional do magistério ao piso de 20b horas da Reme até 2024 e o reajuste deverá ser pago de forma escalonada. Os professores devem receber, percentual especifico do piso nacional, de R$ 3.845,63, a depender da classificação do funcionário.
A prefeitura realizou reunião e declarou que não irá pagar o reajuste referente ao mês de novembro e encaminhou a ACP o Oficio nº 43863, que comtempla apenas a correção do mês de dezembro em 4.7891%, índice previsto na Lei do Piso 20h. Com isso, a assembleia da ACP decidiu de forma unanime a paralisação das atividades na sexta-feira e hoje.
O professor e presidente da ACP, Lucilio Souza Nobre, explica que a situação não é cabível de negociações, já que os reajustes são previstos em lei. “Nós não estamos em negociação, é uma lei; a negociação foi feita no inicio do ano, tivemos mobilizações, paralisações, caminhadas e agora nós queremos que ela de a posição dela sobre o cumprimento dos 10,39%. Não dá para negociar, como não deu essa garantia, nós estamos aqui hoje, nesta paralisação de toda a Rede Municipal para que a prefeita nos receba. Vamos aguardar a reunião e a 14h há uma assembleia marcada na ACP, para que a gente possa discutir os próximos passos caso não seja cumprido”.
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