Com fome, preso ganha liberdade mas pede para ficar até o jantar

Foto: Divulgação
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Mesmo após receber a liberdade em audiência de custódia, o jovem de 20 anos que foi preso pelo roubo de um celular, pediu ao promotor e à juíza para permanecer no local até o o jantar, já que estava muito fraco e ficou com medo de passar mal na rua. Ele estava há um dia no presídio de Santa Luzia, em Belo Horizonte.

O réu foi tranquilizado pela juíza de Direito Elâine de Campos Freitas, de que poderia ficar para o jantar pois o trâmite para a soltura ainda iria demorar algumas horas. Já a publicação do promotor do caso, Luciano Sotero Santiago, causou comoção nas redes sociais em sua postagem sobre o fato. Veja abaixo:

Caso – O homem foi preso no sábado, em flagrante, por roubar um celular após ameaçar a vítima com uma pequena faca. Ele foi preso e confessou o crime. O celular foi devolvido à vítima. Réu primário e sem antecedentes, o jovem mora com o pai e faz bicos como servente de pedreiro.

De acordo com o promotor do caso, a juíza percebeu que ele não oferece periculosidade e foi sincero e espontâneo. E foi então que o homem fez o pedido e surpreendeu a todos. Para o promotor esse fato revela um problema estrutural, “Ver a pessoa abrir mão da liberdade, da dignidade, por comida. No presídio, ele encontra condições materiais que ele não tem: lanche, comida, cama, cobertor. Não era um ato isolado de alguém que estava com fome. A fome está repercutindo no âmbito do sistema de Justiça. Ela chegou. Está aqui”, revela o promotor.

*Com informações do site Migalhas.com

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