Veja como assistir no Estado a chuva de meteoros “Geminídeas” que acontecerá nesta madrugada

Registro fotográfico da chuva de meteoros Geminídeas capturado em 13-12-2020, no deserto de Kubuqi, localizado no interior da Mongólia, China. (Imagem: Getty Images)
Registro fotográfico da chuva de meteoros Geminídeas capturado em 13-12-2020, no deserto de Kubuqi, localizado no interior da Mongólia, China. (Imagem: Getty Images)

Um dos eventos astronômicos mais aguardados do ano, a chuva de meteoros Geminídeas vai atingir seu pico entre quarta (13) e quinta-feira (14), madrugada que representa a melhor oportunidade para ver incríveis “estrelas cadentes”, que, nesse caso em específico, são bem brilhantes e podem ser até coloridas. 

Também chamadas de Gemínidas, essa chuva de meteoros se dá todos os anos, entre 4 e 17 de dezembro; nos dias de atividade máxima, é possível observar até 120 meteoros por hora, dependendo do local do observador e das condições do céu; Este ano, com a Lua apenas 7% iluminada e nascendo somente no final da noite da máxima, a visualização será bastante favorecida.

A maioria das chuvas de meteoros é gerada por detritos da passagem de cometas. No caso da Geminídeas, no entanto, ela é formada por resíduos do asteroide 3200 Faetonte – uma rocha espacial que “imita” o comportamento de um cometa. Esse asteroide mede em torno de 5,8 km de largura e, conforme se aproxima do Sol, vai se tornando mais brilhante (de forma parecida com a que fazem cometas, que são aquecidos e ficam mais ativos e brilhantes quando perdem gases e poeira com o calor). Os cientistas creditam a “atividade cometária” de Faetonte ao sódio.

Por serem mais densas que o habitual, as pequenas rochas espaciais oriundas desse asteroide entram em nossa atmosfera de maneira muito mais lenta, gerando rastros luminosos duradouros e até bolas de fogo esverdeadas.A chuva de meteoros Geminídeas, assim como qualquer outra, é visível a olho nu. Ela pode ser observada de qualquer lugar do Brasil. Como o próprio nome sugere, seu radiante (ponto onde os meteoros aparentam convergir) é a constelação de Gêmeos. 

Embora os meteoros desta chuva pareçam partir sempre da direção da Constelação de Gêmeos, não é preciso olhar para essa região para vê-los, já que eles podem ocorrer em qualquer parte do céu. A localização do radiante serve apenas para diferenciar os meteoros geminídeos dos outros meteoros esporádicos que possam surgir durante a noite. 

Região Centro-Oeste

Para os entusiastas da astronomia na Região Centro-Oeste do Brasil, a expectativa para a observação da chuva de meteoros Geminídeas se torna ainda mais promissora em determinadas áreas. As condições meteorológicas ideais estarão concentradas em Goiás, no Distrito Federal, no leste de Mato Grosso (próximo à divisa com Goiás) e no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Nessas localidades, a previsão é de poucas nuvens durante a noite do dia 14 e a madrugada de 15 de dezembro de 2023.

A janela para apreciar o espetáculo celeste das Geminídeas no Centro-Oeste inicia por volta das 23h do dia 14/12/23, uma quinta-feira, considerando o horário de Brasília.

Entretanto, é importante mencionar que em outras áreas de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, incluindo as capitais Cuiabá e Campo Grande, existe um risco de pancadas de chuva durante a noite do dia 14 de dezembro. Apesar desse cenário, a expectativa é de que essas chuvas não persistam por muitas horas, o que pode possibilitar a visualização da chuva de meteoros. Embora a chance de observação não seja tão favorável quanto em Goiás ou no Distrito Federal, vale a pena tentar.

Portanto, os amantes da astronomia na Região Centro-Oeste podem se preparar para um espetáculo celestial, especialmente aqueles localizados em Goiás, no Distrito Federal, no leste de Mato Grosso e no Pantanal de Mato Grosso do Sul, onde as condições meteorológicas prometem proporcionar uma visão desobstruída das Geminídeas na noite mágica de 14 de dezembro.

Como assistir?

Para observar o fenômeno da melhor forma, basta deitar de costas em um ambiente escuro longe das luzes urbanas e olhar para a constelação de Gêmeos. Não é necessário o uso de binóculo ou telescópios, pois o evento visível a olho nu. A chuva de meteoros pode acontecer durante o período da madrugada, é preciso ter paciência para o fenômeno parecer.

Como identificar a Constelação de Gêmeos

Para identificar a Constelação de Gêmeos, uma das 88 reconhecidas pela União Astronômica Internacional desde 1922, pode ser admirada tanto no hemisfério Sul quanto no Norte. Sua localização no céu é facilitada pela presença de duas estrelas brilhantes e notáveis: Castor e Pollux. Para encontrá-las, basta direcionar o olhar partindo das “Três Marias” até a estrela Betelgeuse, seguindo em direção à constelação de Gêmeos, como indicado na imagem fornecida pelo Stellarium.

Como se localizar a Constelação de Gêmeos. Stellarium/astronomiareal.

 

De acordo com a mitologia grega, Castor e Pollux representam as cabeças de dois gêmeos notáveis. Apesar de compartilharem a mesma mãe, Leda, esses gêmeos têm pais diferentes. Castor é filho do rei de Esparta, Tíndaro, enquanto Pollux é filho do poderoso Zeus.

Ao observar a estrela Castor através de pequenos telescópios, revela-se como um sistema estelar composto por duas estrelas, Castor A e Castor B, orbitando uma em torno da outra a cada 420 anos. Essas estrelas azul-brancas formam um sistema complexo de seis estrelas, unidas pela gravidade. Enquanto a Pollux, em contraste, brilha como uma estrela gigante de tonalidade alaranjada, destacando-se por sua imponência e beleza singular.

Constelação de Gêmeos. Stellarium.//astronomiareal.

 

Na mitologia grega, a história dos gêmeos revela uma intricada trama familiar. Filhos da mesma mãe, mas com pais distintos, Castor e Pollux compartilham uma conexão única, uma vez que um é filho de um rei mortal e o outro, do poderoso deus do Olimpo, Zeus.

Com informações da Atronomia Real

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