Baixo estoque de leite no período de férias preocupa e nutricionista faz apelo

De acordo com informações da Maternidade Cândido Mariano, até o final de novembro, a instituição contava com cerca de 142 mães doadoras de leite humano para beneficiar os bebês internados, e já no início de dezembro, o número de doadoras diminuiu quase 50%, o que equivale, até o dia 3 de janeiro a um total 72 mães, sendo que nem todas fazem a doação assiduamente.

Conforme o hospital, a queda é tradicional todos os anos nesse período, e se estende geralmente até o final de fevereiro, levando em consideração as férias de fim de ano, viagens e comemorações. Para o jornal O Estado, a maternidade afirmou ainda que, até o dia 3 de janeiro, estavam ocupados 50 dos 52 leitos de Unidade Neonatal da instituição, incluindo as 26 UTIs Neo (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal) e 12 UCIs (Unidade de Cuidados Intermediários).

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o leite materno é o único alimento que fornece nutrientes importantes para o desenvolvimento cerebral, que combate infecções, protege a criança contra bactérias e vírus, e evita diarreias. Vale lembrar que a amamentação exclusiva é recomendada até o 6º mês de vida.

A nutricionista responsável técnica Maternidade Cândido Mariano e Presidente da Comissão dos bancos de leite humano do Estado, Vanessa Torres afirmou que quando o estoque do banco de leite fica baixo, são priorizadas os bebês prematuros extremos e os de muito baixo peso. “Hoje, para eu atender todas as crianças com leite humano pasteurizado, eu precisaria de 7 litros por dia, para as oito mamadas, e eu estou conseguindo atender só 1,6 l, nesse caso, nós fazemos a priorização e para os que já estão com um quadro clínico melhor, infelizmente precisamos inserir a fórmula”, disse.

Vanessa ressaltou ainda que a queda brusca nesse período é comum nos cinco bancos de leite do Estado, sendo eles: Hospital Regional, Santa Casa, Hospital Universitário, Hospital Universitário e a Maternidade Cândido Mariano. “Nenhum dos bancos de leite estão conseguindo atender 100% e infelizmente, esse cenário só muda no início de março”.

A Presidente da Comissão dos bancos de leite humano de MS finalizou com um apelo para as mamães. “Não custa nada dividir o leite para que nós possamos garantir aos nossos bebês prematuros um alimento da melhor qualidade para que eles possam se recuperar o mais rápido possível”, reforçou.

Por Tamires Santana – Jornal O Estado do MS

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