Antigo prédio do Fórum Trabalhista é abrigo para criminalidade

Foto: Moradores da região
destacam que onda de
crimes aumentou após
a mudança do Fórum/Nilson Figueiredo
Foto: Moradores da região destacam que onda de crimes aumentou após a mudança do Fórum/Nilson Figueiredo

Dando continuidade à série de reportagens desenvolvida pelo jornal O Estado, sobre prédios que marcaram a história de Campo Grande, a equipe visitou o antigo prédio do Fórum Trabalhista de Campo Grande, denominado assim até 2007, posteriormente passou a ser Fórum Trabalhista Senador Ramez Tebet, localizado na rua João Pedro de Souza, no Jardim Monte Líbano. A mudança de local ocorreu por conta do tamanho do espaço, que ficou pequeno com a criação de mais duas varas. Atualmente, o edifício está disponível para locação.

Com o aumento dos processos recebidos pelas Varas do Trabalho da Capital, foi necessário instalar mais duas Varas, a 6ª e a 7ª, em 2005, que funcionavam em prédios anexos. Com a falta de espaço, em 2016, o Fórum Trabalhista Senador Ramez Tebet passou a ser na rua Jornalista Belizário Lima, no prédio que anteriormente foi sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), foi reformado e assim conseguiu agrupar todas as varas em um único lugar. 

O presidente do TRT da 24ª Região à época, desembargador Nery Sá e Silva de Azambuja, em discurso, na inauguração do novo espaço, revelou os motivos para a mudança. “Nós precisávamos de um ambiente que adequasse esse crescimento da população de Campo Grande e o aumento do número de processos recebidos na cidade”.

Contudo, o antigo prédio abandonado fez com que moradores em situação de rua adentrassem e o fizessem de abrigo, além disso, usuários de drogas também invadiram o local para fazer o consumo de substâncias ilícitas. Diante desse cenário, os comerciantes locais relatam dificuldades para tocar seus negócios, por conta da área que ficou perigosa, com o aumento de furtos e assaltos. 

“Faz quase vinte anos que trabalho aqui e vejo que a criminalidade no local aumentou depois que o prédio vizinho foi abandonado. Aqui (na loja), assaltaram diversas vezes, já até perdi as contas, foram umas quatro, por aí, tivemos bastante prejuízo. Eles pegam fio, o que compromete toda a energia do prédio, fica bem difícil trabalhar nessas condições”, informou o funcionário, que não quis ser identificado. 

Segundo informações da vizinhança, há um guarda vigiando o prédio, assim mantendo-o conservado. Hoje, o imóvel está para locação, são 2.700 m², sete andares, com quatro salas em cada andar. 

“Acho difícil alguém querer alugar, porque a pessoa terá que modificar algumas coisas, recuperar outras e ainda pagar o preço que estão pedindo, assim fica inviável para qualquer um”, finalizou o funcionário.

Por – Inez Nazira

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