O novo Censo Demográfico 2022 neste ano deu mais visibilidade à população indígena em todo o Estado. Só em Campo Grande, Capital de Mato Grosso do Sul, são 15 aldeias, 13 localizadas na área urbana e 2 em área rural, que estão sendo atendidas desde o dia 29 de agosto pelos agentes com a coleta de dados da população local, que seguem o cronograma do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o IGBE, o recenseamento trouxe neste ano, com a cobertura do Censo 2022 em territórios indígenas nas aldeias urbanas, uma coleta mais especializada a respeito de povos e comunidades indígena e quilombolas, e um dos primeiros territórios que receberam os recenseadores foi o Agrupamento Indígena Darcy Ribeiro, no Jardim Noroeste.
Coleta especializada
A analista censitária responsável pelo recenseamento de Povos e Comunidades Tradicionais em Mato Grosso do Sul, Thays Nogueira, conta que o censo deste ano trouxe uma coleta mais especializada a respeito de povos e comunidades do povo quilombola e indígena.
“Nas aldeias, estamos aplicando um questionário em que averiguamos a etnia, língua falada, o informante também pode se autodeclarar simultaneamente indígena e também de alguma outra cor ou raça, então são diferença que foram adaptadas no questionário, para que possamos aplicar neste setor de povos e comunidades tradicionais indígenas. Essa diferença neste novo questionário, ela é se suma importância para que possamos ter um retrato fidedigno dessas comunidades para que no futuro as políticas públicas no Brasil sejam direcionadas de uma melhor forma para essa população”, explica a analista.
Conhecimento
Segundo a analista, outro ponto que foi levado em conta durante a coleta deste ano é que, além do questionário aplicado de modo geral, que é direcionado a obter informações sobre o cidadão, há um novo questionário que busca entender sobre o acesso dos indígenas a diversas áreas de direitos humanos, como a educação, saúde, saneamento básico.
“Também aplicaremos nessas aldeias um questionário de abordagem a liderança indígena, no qual são levantadas informações a respeito da estrutura daquela comunidade, de saneamento, educacionais, de saúde, queremos saber quais são os acessos que aquela comunidade possui de forma coletiva. Aqui em Campo Grande começamos essa coleta no dia 29 de agosto, e temos aqui 15 aldeias para coletarmos esses dados, sendo 13 delas urbanas”, finaliza Thays.
Por Claudemir Candido – Jornal O Estado do MS
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