Vitamina D: Mitos E Verdades

Foto: Divulgação
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1 – A VITAMINA D É VITAMINA? 

MITO

 A substância conhecida como VITAMINA D, na verdade é um hormônio sintetizado pelo organismo, a partir da ativação de um derivado do colesterol presente na pele, pelos raios do sol do tipo UVB, que o transforma em uma pré vitamina D e que após mudanças bioquímicas realizadas no fígado e nos rins, se transforma no HORMÔNIO vitamina D.

2 – AS PESSOAS QUE MORAM EM REGIÕES ENSOLARADAS TÊM NÍVEIS DE VITAMINA NORMAIS

 MITO 

Estudos realizados pela Fiocruz, na população brasileira de diversas regiões do país, considerando como insuficiência de vitamina D indivíduos com níveis abaixo de 30 ng/mL e com deficiência as pessoas com níveis abaixo de 20 ng/mL, foi contatado que 15,3% apresentavam deficiência e que 50,99% das pessoas tinham insuficiência de vitamina D. Esses dados eram ainda maiores durante o período de inverno.

3 – A VITAMINA D É IMPORTANTE PARA VÁRIAS FUNÇÕES DO ORGANISMO

VERDADE

 Esse hormônio tem papel importante na manutenção dos níveis do cálcio e do fósforo no sangue, fortalecendo os ossos, portanto prevenindo a osteoporose, fortalecendo os dentes e músculos. Auxilia as células de defesa do organismo contra infecções e inflamações, na proteção do sistema nervoso central e cardiovascular.

4 – TOMAR ALTAS DOSES DE VITAMINA D POR TEMPO PROLONGADO NÃO CAUSA EFEITOS COLATERAIS 

MITO 

Pesquisas têm mostrado que níveis, no sangue, de vitamina D entre 30 a 60 ng/ml, são ideais para a devida proteção do organismo. Porém, níveis elevados, acima de 100 ng/ml, são considerados hipervitaminose D, com risco de causar toxicidade ao organismo. Os sintomas de toxicidade por vitamina D estão relacionados ao aumento dos níveis sanguíneos de cálcio (hipercalcemia), o que causa: 

  • Vômito, náusea, constipação e dor de estômago; 
  • Fadiga, tontura, alucinações e confusão mental; 
  • Perda de apetite; 
  • Aumento da necessidade de urinar com maior frequência;
  • Pedras nos rins, lesão renal e até insuficiência renal; 
  • Pressão alta e anormalidades cardíacas; 
  • Desidratação.

5 – A VITAMINA D ENGORDA

 MITO 

A vitamina D não dá ganho de calorias e nem interfere no apetite das pessoas que a usam como suplemento. Portanto, ela não engorda e nem emagrece.

6 – O USO DE FILTRO SOLAR INTERFERE NA PRODUÇÃO DA VITAMINA D 

VERDADE 

O uso de o filtro solar pode diminuir a absorção dos raios ultravioleta B (UVB), mas não o impede totalmente, por isso a produção da vitamina D vai estar diminuída, durante o uso do protetor solar. Mas o seu uso é recomendável.

7 – A INGESTÃO DE ALGUMAS SUBSTÂNCIAS DIMINUI A ABSORÇÃO DA VITAMINA D

VERDADE 

A ingestão de sustâncias que contêm cafeína, como café, chá-preto ou bebidas à base de cola, bebidas alcoólicas, interferem na absorção gastrointestinal da vitamina D, tanto em forma de alimentos ou de suplementação em forma de comprimidos ou cápsulas.

8 – SÓ O SOL É FONTE DE VITAMINA D 

MITO

 O Sol é uma das principais fontes naturais para a produção, pelo organismo, da vitamina D. Segundo recomendação de dermatologistas, apenas 10 minutos diários de exposição solar, principalmente no período entre 9 e 16 horas, são suficientes para uma boa produção. É bom lembrar que para que haja uma boa absorção dos raios UVB, é necessário que não esteja em uso de filtro solar e que quanto maior for a área do corpo exposta e descoberta, melhor a absorção. Os exercícios e/ou caminhadas sob o sol são de grande valia para aproveitar a fonte natural de UVB e produzir a vitamina D. Alguns alimentos que também podem ajudar na manutenção de níveis ideais de vitamina D são: peixes de água salgada, como salmão e sardinha; ovos; leite; carne; manteiga; nozes e castanhas; feijão; espinafre e couve.

 

E-mail: [email protected]. Site: www.institutoreumato.com.br.

Professor titular da Famed da UFMS, professor do curso de pós-graduação de saúde e desenvolvimento do Centro-Oeste, da UFMS; coordenador do programa de residência médica em reumatologia, do Humap/Ebserh/UFMS; titular da cadeira 23, da Academia Brasileira de Reumatologia.

 

Por – Prof. Dr. Izaias Pereira da Costa

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