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Foto: Acervo pessoal
Foto: Acervo pessoal

Lula X Moro

O insosso senador Sergio Moro está de volta à pauta nacional. Pelo que gerou de ódio e pelo que gerou de aprovação. Há quem analise, dentro e fora do PT, pelo que restou da direita, após derretimento de Bolsonaro, que Lula, na verdade, em detrimento a candidaturas mais fortes, como a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas ou de Minas, Romeu Zema, na verdade, quer pagar pra ver, numa disputa com Sergio Moro. Claro que o presidente Lula tinha informação de que Moro estaria sendo visado pela facção criminosa. Por que, então, dar munição para que bolsonaristas usem a fala infeliz dele, em entrevista, na véspera? Para associar o presidente ao atentado frustrado e à própria facção criminosa?

Lula × Moro I

A extrema direita já tem um plano: focar as críticas na área da segurança. Por isso, o ministro Flávio Dino está apanhando e o circo foi armado com os homens presos, porque queriam matar Sergio Moro. Com as declarações desastradas de Lula, o governo acabou dando munição ao bolsonarismo. Lula disse, na conversa, que enquanto estava na prisão, em Curitiba, e se perguntado se estava tudo bem, respondia: “Não está tudo bem. Só vai ficar tudo bem quando eu f*d*r esse Moro”, disse. O agora senador Sergio Moro criticou o termo usado e disse que “quando o presidente fala que pretende se vingar, ele expõe a mim e à minha família, de certa maneira, a risco”. Aguardemos novos capítulos dessa polarização, que tende a se refletir em futuras disputas eleitorais.

Criminalização

No plenário do Senado, Moro disse que o Congresso precisa enfrentar o crime organizado e sugeriu a aprovação de projeto que criminaliza o planejamento de atentados contra autoridades. “Se eles vêm para cima da gente com uma faca, a gente tem que usar um revólver; se eles usam um revólver, nós temos que ter uma metralhadora; se eles têm uma metralhadora, nós temos que ter um tanque ou um carro de combate. Não no sentido literal, mas nós precisamos reagir às ações do crime organizado.”

Extrema

…Enquanto isso, o ex-presidente Jair Bolsonaro deve desembarcar em maio, em Lisboa, para participar de um encontro de representantes de extrema-direita. A reunião está sendo organizada pelo Chega, partido do deputado português André Ventura. O deputado foi contatado pela equipe de Bolsonaro e decidiu convidar representantes europeus da extrema-direita para um encontro, como Marine le Pen (França).

Medidas

Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso, e Arthur Lira, da Câmara, não chegaram a um acordo sobre a tramitação das medidas provisórias nas casas, que foi alterada durante a pandemia. Por conta do impasse, MPs editadas pelo presidente Lula estão travadas no Legislativo. Lira disse a aliados que está disposto a deixar os textos caducarem, se o rito não for alterado, para contemplar a Câmara. O senador Randolfe Rodrigues, líder do governo no Congresso, declarou, por sua vez, que o Planalto não descarta transformar as medidas em projetos de lei, para tramitar em caráter de urgência.

Copom

Em meio à crise bancária internacional e à forte pressão do governo pela redução dos juros, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, por unanimidade e pela quinta vez consecutiva, manter a taxa básica, a Selic, em 13,75% ao ano. Além disso, não deu indícios de que vai baixá-la e sinalizou que, se necessário, pode elevar os juros. Em nota, o Copom afirmou que ainda há alguns fatores de risco para a inflação: a maior persistência das pressões inflacionárias globais; a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública; e uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos. O Copom indicou que vai perseverar até que se consolide, não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas, em torno de suas metas. Também afirmou, no comunicado, que os passos futuros da política monetária “poderão ser ajustados” e que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste, caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

Copom I

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o comunicado é preocupante, mas ressaltou que relação com o BC deve ser de harmonia. “Eu considerei o comunicado muito preocupante, porque divulgamos relatório bimestral, mostrando que nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas”, afirmou, esperando que o texto seja amenizado pela Ata do Copom, que será divulgada na semana que vem. “No momento em que a economia está retraindo, o Copom chega a sinalizar uma subida da taxa de juros. Lemos com muita atenção, mas achamos que, realmente, o comunicado preocupa bastante.” Pouco depois da decisão, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, criticou a decisão, em sua conta, no Twitter.

Paralisação

E a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou uma paralisação para esta sexta-feira (24), a fim de discutir uma greve mais ampla contra as privatizações da Petrobras. A categoria critica a venda de ativos que já estavam com as negociações em processo avançado, desde o governo anterior. Os desinvestimentos ativos da Petrobras têm sido alvo de pressão não apenas dos petroleiros, mas também do presidente Lula, que também quer rever a privatização da Eletrobras.

 

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