Alianças
Os dirigentes partidários na pré-campanha eleitoral acabam obedecendo cegamente aos marqueteiros que viram deuses em caso de vitória ou são demonizados quando perdem a eleição. Mas o marketing, no entanto, acaba sendo o responsável por tentar vender ao eleitor o fruto de articulações políticas, que acontecem conforme as negociações políticas feitas exclusivamente pelos próprios políticos e acabam criando situações esdruxulas como unir grupos que eram antagônicos e às vezes o resultado sofre rejeição para a população, especialmente aquele anônimo não detectado pelas pesquisas.
O voto decisivo muitas vezes vem do lugar menos esperado e pode surpreender muita gente e já tivemos muitos casos na história política do Brasil e mais especificamente em Mato Grosso do Sul. O mais significativo foi na eleição de 1998, quando Zeca do PT acabou sendo eleito por um eleitorado de perfil conservador. Também em 2012, o deputado locutor, Alcides Bernal venceu Edson Giroto, que tinha o apoio das máquinas do Governo do Estado e da Prefeitura de Campo Grande. São dois exemplos diferentes, mas que expõem a verdade de que não existem fórmulas infalíveis para se vencer uma eleição nem no marketing, nem na articulação política.
Desarrumado
Continua desarrumada a situação entre o PT e o PSDB em Mato Grosso do Sul depois da aproximação entre o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja com o ex-presidente Jair Bolsonaro para a disputa eleitoral em Campo Grande. Nem mesmo o encontro entre Riedel e lideranças petistas conseguiu convencer o eleitor petista.
Sem rumor
Mesmo depois que deixou a superintendência da Sudeco, a ex-deputada federal ainda conviveu com desconfianças sobre sua candidatura à Prefeitura de Campo Grande. Ela, no entanto, com as últimas pesquisas, viu consolidado o seu projeto, até porque as manifestações de apoio por parte de segmentos da sociedade aumentaram.
Pesada
A chapa proporcional que irá apoiar a candidatura de Beto Pereira terá 240 candidatos a vereador e faz uma projeção de eleger 19 dos 29 futuros integrantes da Câmara Municipal de Campo Grande. O número é animador para alguns, mas para a maioria provoca um certo desânimo, depende da ingenuidade.
Complicação
Bem que o atual prefeito de Ponta Porã, Eduardo Campos, tentou articular para ter uma eleição tranquila, mas algumas defecções começam a provocar uma certa intranquilidade. Tanto à direita quanto à esquerda, ele vai ter adversários e, dependendo do clima que surgir na campanha, pode criar dificuldades.
PSD
O senador Nelsinho Trad que já estava dando como certa a vaga de segundo candidato na chapa com Reinaldo Azambuja pelo Senado, começa a ser ameaçado pela aproximação do PSDB com o PL. Está bem claro que quem vai indicar o companheiro de Reinaldo será o ex-presidente Jair Bolsonaro e aí tudo fica completamente imprevisível.
Posição de Adriane
Ao comentar que PSDB e PL e até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro não apoiaram o PP pelo fato de que duas mulheres estão a frente da sigla Adriane Lopes, caso fique fora do segundo turno dificilmente vai apoiar Beto Pereira, mas, como em política as coisas mudam muito rapidamente pode até ser que isso aconteça.
Meninos eu vi
O ex-deputado federal Elísio Curvo sempre teve o comportamento de um legítimo corumbaense e a todos que conversava quando estava no estado, convidava para conhecer Brasília e oferecia hospedagem no apartamento funcional. A maioria dos convidados não ia e isso deixava seus assessores aflitos, mas ele os tranquilizava, afirmando que ninguém aceitava mesmo. Um dos assessores, que também era corumbaense, uma vez quando percebeu o deputado se aproximar de um correligionário, o conteve e cochichou no seu ouvido.
– Não convida esse para ir a Brasília, pois ele é corumbaense igual à gente e vai mesmo.
Frase
“O presidente Bolsonaro perguntou se o PL poderia indicar o vice e eu disse que sim”
Deputado federal Beto Pereira, pré-candidato a prefeito de Campo Grande pelo PSDB.
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