Confira a coluna ‘Conectado’

bosco martins
Foto: Acervo Pessoal

Liderança 

Presidente da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso Sul) e uma das principais lideranças do PP, Marcelo Bertoni (PP-MS) desponta como um dos nomes de seu partido para as eleições de 2026. De Bonito para o MS, ele tem o aval da senadora Tereza Cristina (PP-MS) para alçar voos mais altos, podendo ser uma opção para a Câmara Federal em 2026. Enquanto isso, tem feito sua parte, visitando o interior e palestrando nos sindicatos rurais, destacando as ações do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural): “Passamos para 9.100 produtores atendidos, nós estávamos atendendo em torno de 7 mil produtores, então tivemos um avanço muito bom nessa área. Fizemos 5.500 cursos de qualificações, atendendo mais de 55 mil pessoas, só este ano”. Também tem destacado sua posição sobre a insegurança jurídica quanto ao marco temporal, os desafios da reforma tributária e a importância da Rota Bioceânica para o agronegócio. 

PIB 

O Produto Interno Bruto do Brasil avançou 0,1%, no terceiro trimestre de 2023, na comparação com o período anterior. O dado foi divulgado ontem, pelo IBGE. O ritmo de expansão foi mais fraco que no primeiro e no segundo trimestres, quando a alta do PIB foi de 1,4% e 1%, respectivamente. Ainda assim, o desempenho da economia entre julho e setembro superou as expectativas de agentes do mercado financeiro, que esperavam uma retração. O consumo das famílias mostrou força e cresceu 1,1%. Já os investimentos recuaram em 2,5%, quarta queda seguida. O ministro Fernando Haddad cobrou o Banco Central, dizendo que o órgão “precisa fazer o trabalho dele”, ou seja, cortar mais os juros, atualmente em 12,25% ao ano. O ministro da Fazenda projeta um PIB de mais de 3% de crescimento em 2023 e na casa dos 2,5%, no ano que vem. 

Juros 

Quem reduz primeiro, o Brasil ou a Europa? No mercado, crescem as especulações de que a Europa liderará a redução das taxas de juros entre os principais bancos centrais do mundo. Isso ocorre após um dos decisores de política monetária mais assertivos da região descrever o abrandamento da inflação como “encorajador”. Os mercados agora atribuem uma probabilidade de quase 90% para o Banco Central Europeu iniciar seu ciclo de flexibilização no primeiro trimestre do próximo ano, uma perspectiva que mal estava sendo considerada há apenas três semanas. Atualmente, estão totalmente precificados cinco cortes de um quarto de ponto para 2024. 

Educação 

Alunos de países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) registraram a maior queda de desempenho da história em matemática e em leitura durante a pandemia de covid-19. Segundo dados divulgados pelo Pisa 2022 (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), principal exame global de avaliação da educação básica, os integrantes da OCDE tiveram queda “sem precedente” de desempenho no exame de 2022. O Brasil manteve média, mas fica atrás, no ranking. A prova avalia estudantes nas áreas de matemática, leitura e ciência. Aplicada em 81 países, a edição mais recente é o primeiro estudo em larga escala a comparar o estado da educação antes e depois da descoberta da covid-19. 

Educação 1 

Os dados mostram, no entanto, que a crise sanitária não foi o único fator a influenciar as notas do último ano. OCDE é um grupo de 36 países de renda alta. Incluem-se entre eles Alemanha, Austrália, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido, além de economias emergentes, como México e Chile. Nunca antes a pontuação média do bloco em matemática ou leitura havia mudado mais de quatro pontos entre avaliações consecutivas do Pisa. Fatores como a relação de alunos com pais, com professores e com a tecnologia estão entre os que podem explicar as mudanças de desempenho no Pisa, entre 2018 e 2022. Os três estão associados ao melhor ou pior desempenho dos estudantes nas últimas edições da prova. O financiamento dos países em seus sistemas de educação também tende a contribuir para os resultados, como explica a organização. 

Votos 

Às vésperas da sabatina no Senado, marcada para o próximo dia 13, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai pedir votos para seu indicado ao STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro da Justiça, Flávio Dino. O Palácio do Planalto avalia que ele será aprovado, mas Lula não quer correr riscos e tentará atrair os quase 20 indecisos. 

Votos 1 

O ministro da Justiça enfrenta resistência de bolsonaristas, com os quais travou vários embates desde o 8 de janeiro. Pelas contas do governo, Dino receberá no mínimo 50 votos – precisa de ao menos 41. A votação é secreta e o plano do presidente é ligar para os indecisos. Ele foi aconselhado a também nomear o novo nome da Justiça antes da sabatina, mas ainda não deu qualquer sinal. A conversa com os senadores na Comissão de Constituição de Justiça deve ocorrer simultaneamente à de Paulo Gonet, indicado para a Procuradoria-Geral da República. Esse modelo provocou a ira da oposição, que acredita ser um truque para tornar o foco das perguntas difuso e facilitar a aprovação. 

Indicação 

Na mesma data da sabatina de Dino, os senadores decidirão a indicação de Gonet à PGR, o que está criando constrangimento para a ala progressista da base governista. No Ministério Público, Gonet tem um histórico de posições abertamente conservadoras: emitiu parecer contra a proibição dos tratamentos de “cura gay”, defendeu a criminalização do aborto e votou contra reconhecer a culpa do Estado por crimes da ditadura militar. Ele chegou a ser cotado para a PGR no governo Bolsonaro e vem sendo elogiado publicamente por apoiadores do ex-presidente. Os senadores de esquerda desconversam: “Isso não interessa muito”, diz Otto Alencar (BA), líder do PSB.

Por – Bosco Martins.

 

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