Confira a coluna “Conectado”

bosco martins
Foto: Acervo Pessoal

Lula

Em busca de um consenso do PT para a oficialização da candidata da Federação da Frente Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e após um telefonema do ex-governador e atual deputado estadual Zeca do PT, fazendo este apelo para que as principais pretendentes Giselle Marques e Camila Jara se acertem, a convenção do PT foi adiada. Zeca do PT inclusive já deu sua contribuição no processo, abrindo mão de sua candidatura, pois, segundo Vander Loubet, é desejo do presidente Lula que a deputada federal Camila Jara seja o nome de consenso do partido: “Ela é a pré-candidata do PT à prefeitura, com o apoio do presidente de Lula,” afirmou. O presidente Lula, apesar de extensa agenda administrativa, é apaixonado por política e nunca deixa de dar o seus “pitacos” nessa seara. Vamos aguardar…

Riedel e Azambuja 

…E se Camila Jara será a candidata de Lula, outras duas grandes lideranças estaduais, o governador Eduardo Riedel (PSDB-MS) e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) começam a consolidar de vez a candidatura tucana de Beto Pereira (PSDB-MS), que já dá sinais de crescimento eleitoral e pode ter uma performance eleitoral em 2024 idêntica ao atual governador. “O PSDB de Mato Grosso do Sul dá exemplo para o Brasil. É um partido que tem uma plataforma e objetivos muito claros, e sabe conduzir o apoio da militância, a mobilização em torno desses propósitos”, garantiu o governador, na eleição de Beto Pereira como presidente tucano na Capital.

Tereza Cristina 

Se de um lado tem o PT e o PSDB, dois grandes partidos já prontos e fortalecidos por suas lideranças para a disputa de 2024, o PP, com aval da senadora Tereza Cristina, também não é carta fora do baralho com a prefeita Adriane Lopes (PPMS). A senadora Tereza Cristina também se movimenta, pois sonha levar a prefeita à reeleição e pelo jeito representará a candidatura da direita na Capital, restando ao deputado Marcos Pollon (PL-MS), no máximo, a indicação de vice, já que o presidente Jair Bolsonaro tende a se aliar com a candidatura da senadora. Sua legenda, o PP, tem hoje 6 senadores e 47 deputados federais no Congresso Nacional. E Tereza tem boas cartas para jogar: foi a senadora mais votada da história de MS (829 mil votos), foi uma das mais importantes ministras do governo Bolsonaro, comandando a pasta da Agricultura, que tem tudo a ver com o Estado, é também uma política presente na Capital.

LGBTIfóbico

…E o grupo “Diversidade Tucana de MS” emitiu, essa semana uma nota, pedindo que os deputados Beto Pereira, Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira, todos do PSDB-MS, votem contra o projeto que tramita na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados. O projeto de lei 580/2007 pede a alteração do Código Civil, no que se refere às uniões de pessoas do mesmo gênero. O projeto é de autoria do já falecido deputado federal Clodovil Hernandes (PTC-SP). A alteração proposta e aprovada no âmbito da referida comissão, pelo deputado federal Capitão Assunção (PSB/ES), defende a alteração do texto constitucional, de forma que “nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo possa equiparar-se ao casamento ou à entidade familiar”.

LGBTIfóbico 1

O STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu, há 12 anos, por meio do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 4277 e da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 132, as uniões entre pessoas do mesmo gênero como entidade familiar. Esta decisão foi amplamente pacificada por meio de resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), quando determinou que os cartórios de todo país procedessem o mesmo tratamento destinado a casais de gêneros diferentes a casais de pessoas do mesmo gênero, para a realização de casamentos. “Trata-se de uma matéria inconstitucional, de mérito LGBTIfóbico, que contraria os preceitos fundamentais dos direitos humanos e as jurisprudências do STF e, por isso, solicitamos à Bancada Federal do PSDB de MS que se manifeste de forma contrária ao mesmo”, diz a nota.

Golpe

…A semana fechou com a denúncia pelo tenente-coronel Mauro Cid de que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, se mostrou favorável a uma tentativa de golpe de Estado proposta por Jair Bolsonaro (PL) e revelada por Bela Megale. A informação provocou constrangimento entre os militares. O atual comandante, almirante Marcos Sampaio Olsen, afirmou que o suposto golpismo do antecessor não representa a posição da Força. “Definitivamente, essa não é a posição da Marinha. O interesse da Força é que seja o quanto antes esclarecido [o fato] e que se procure individualizar as condutas e se retire esse manto de suspeição. Naturalmente que a exposição de um ex-comandante da Marinha em alguma medida implica a Força”, disse.

Golpe 1

Já o general Tomás Paiva, comandante do Exército, avaliou, em entrevista a Eliane Cantanhêde, que o almirante fez “uma bravata”. “A Marinha embarcou? Não. E que tropas ele (Garnier) tinha para essa aventura maluca?” E criticou: “Isso tudo é tão extemporâneo que nem dá para a gente compreender. Em que lugar do mundo ainda se fala e se dá golpe militar? Coisa mais fora de época.” Segundo Cid, Bolsonaro desistiu do golpe pela falta de adesão do Alto Comando do Exército.

Golpe 2

O ministro da Defesa, José Múcio, disse que a revelação de Cid “não mexe com ninguém que está na ativa”. Mas Guilherme Amado revela que sete dos oito almirantes do Comando da Marinha já estavam no atual posto no fim do governo Bolsonaro. Múcio avaliou que as Forças Armadas, enquanto instituição, garantiram “a manutenção da democracia” e que avanços golpistas foram “atitudes isoladas de componentes das Forças”.

Por Bosco Martins.

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