Confira a coluna “Conectado”

bosco martins
Foto: Acervo Pessoal

Cortejado

Foi muito bem prestigiada a posse do ex-deputado estadual Paulo Duarte (PSB-MS), no comando do diretório regional, em solenidade realizada na Câmara Municipal de Campo Grande. O evento contou com a presença de centenas de lideranças comunitárias e autoridades, como o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, o presidente tucano, Reinaldo Azambuja e do pré-candidato do PSDB, deputado Beto Pereira.

A campanha eleitoral de 2024 ainda não começou oficialmente, mas os partidos já se movimentam desde o início do ano para costurar parcerias. O PSB tem sido cortejado principalmente pelo PSDB. O governador Eduardo Riedel (PSDB-MS) foi duplamente representado pelo secretário da Casa Civil Eduardo Rocha (MDB-MS) e por Azambuja que, em seu pronunciamento, falou do agradecimento do atual governador pelo apoio do PSB nas últimas eleições e também de sua amizade com duas principais lideranças do partido: o ministro Flávio Dino e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

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O único prefeito do PSB, Josmail Rodrigues, de Bonito, também foi bastante cortejado, tendo seu nome citado por praticamente todos oradores. Anunciado pelo vice- -presidente do PSDB, deputado Paulo Corrêa, como se já estivesse de malas prontas para o ninho tucano, o prefeito bonitense recebeu apelos do presidente Nacional, Carlos Siqueira e de Paulo Duarte, para que continue no partido. Em sua fala, ele agradeceu o “cortejo” e em especial ao ex-presidente, Ricardo Ayache (PSB-MS), que lhe cedeu a legenda em Bonito.

O prefeito ainda exaltou a sua relação com o ex-governador Reinaldo Azambuja, que é muito boa, respeitosa e recíproca. “A minha comunicação com o deputado Paulo Corrêa e com o ex-governador Reinaldo Azambuja é excelente. Temos que entender o quanto seu governo investiu em Bonito, com mais de R$ 300 milhões em obras e que estão tendo continuidade com o atual governador, Eduardo Riedel (PSDB-MS). Ele também destacou que alinha suas trativas administrativas não só com parlamentares de centro e direita, mas também recebe os partidários de esquerda e centro-esquerda, como os deputados Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) e Vander Loubet (PT-MS).

Cannabis

A procura por cannabis medicinal em farmácias brasileiras cresceu 201%, em 2023, em relação ao ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Canabinoides (BRcann). Apesar do aumento, a importação individual continua sendo a principal forma de acesso aos produtos, no país. De acordo com o anuário 2022 da Kaya Mind, 91 mil brasileiros importam os fármacos, enquanto outros 26 mil o compram em farmácias.

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O CFBM (Conselho Federal de Biomedicina) autorizou profissionais da área a prescrever produtos fitoterápicos à base de canabidiol (CBD), substância encontrada na maconha. Mas a permissão vale apenas para biomédicos que sejam especializados e habilitados em acupuntura. O texto ressalta que o uso do produto “deve seguir critérios para dosagens, levando em consideração as necessidades específicas de cada paciente”. A resolução entrou em vigor na última sexta-feira, quando foi publicada no Diário Oficial da União. Médicos, dentistas, nutricionistas e fisioterapeutas já têm permissão para receitar produtos que contenham CBD.

Inelegível

O TSE tinha a obrigação de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) antes da eleição, cassar o presidente e cancelar a sua candidatura. Teve tempo para isso, afirma Mariliz Pereira Jorge, na coluna “De Tédio a Gente Não Morre”. Muita gente acredita que é apenas o começo, que ele ainda vai encarar a Justiça em outras situações, mas a jornalista é bastante cética sobre Bolsonaro ser julgado por outras infrações, olhando para este cenário atual em que as acusações contra políticos têm sido engavetadas.

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“Não acabou o jogo ainda, tá?” Apesar do placar adverso, o ex-presidente segue acreditando que pode ser absolvido por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. “Eu já vi o Palmeiras 3 e Vasco 0 no primeiro tempo e no segundo foi 4 a 3 para o Vasco”, afirmou. “Num julgamento justo, como disse o ministro André Mendonça (do Supremo Tribunal Federal), é 7 a 0. Nem 7 a 0. Não devia nem ser recebida a representação do PDT.”

Vai recorrer? 

A divergência aberta possibilita eventuais recursos da defesa de Bolsonaro ao TSE e ao STF. Advogados do ex-presidente já sinalizaram que pretendem recorrer de uma eventual decisão pela inelegibilidade. Para isso, será preciso analisar os detalhes da decisão da Corte Eleitoral, o chamado acórdão.

Por Bosco Martins.

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