Confira a coluna ‘Conectado’

bosco martins
Foto: Acervo Pessoal

Carnaval

Bom de política, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) ao que parece, desistiu de vez em deixar comando do PSD ou filiar-se a outro partido visando sua reeleição em 2026 e está colocando seu bloco na rua. Em pleno carnaval, ele que é sempre cobrado por suas bases eleitorais, de se manter mais tempo em Brasília do que no Estado (e parecendo querer mudar de vez essa imagem) realizará ato de filiação em pleno carnaval. Será em Bonito, no Distrito de Águas de Miranda, no próximo domingo (11), à partir das 9 horas da manhã onde ele e a líder da bancada do PSD, professora Loiva (PSD-Bonito), convidam “você e sua família para participar desta reunião democrática”. Enquanto isso o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD-MS) continua no bloco dos desaparecidos.

Federação

…Por falar em Nelsinho Trad, o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) fez uma análise interessante respondendo uma pergunta de um repórter na coletiva do presidente nacional tucano Marconi Perillo (PSDB-Goiás). Em resposta a uma pergunta sobre uma eventual fusão partidária entre PSDB/MDB, Reinaldo Azambuja respondeu que a questão ficará para o ano de 2025, após as eleições eleitorais deste ano. Segundo ele, as discussões giram em torno de uma Federação, e não fusão e que envolveria além do MDB de André Pucinelli, o PSD de Nelsinho Trad. Sendo assim, não seria nada impossível, nas eleições de 2026, para senador, termos no mesmo palanque, o ex-governador e o atual Senador. O deputado Vander Loubeth (PT-MS) que aposta numa aliança com o PSDB, que se cuide!

Privatização

… Ainda na coletiva, o presidente tucano Marconi Perillo deixou escapar uma certa mágoa com a eleição de 2006, quando o PSDB foi para o segundo turno contra o atual presidente Lula, com o candidato Geraldo Alckmin. “Perdemos a eleição porque o Alckmin não quis assumir as privatizações que já havíamos implantado no governo de Fernando Henrique Cardoso, declarou. O governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) executou as maiores privatizações da história do Brasil. Durante este período, cerca de 78,6 bilhões de reais foram aos cofres públicos provenientes de privatizações. A venda de empresas estatais foi uma resposta do governo para impedir o agravamento da dívida pública. Porém, as privatizações não contiveram o aumento da dívida, que foi de 78 bilhões de dólares em 1996 para 245 bilhões em 2002. Nas eleições citadas pelo líder tucano, a definição sobre o futuro presidente da República ficou para o segundo turno. O candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não alcançou a maioria dos votos válidos e decidiu a disputa com Geraldo Alckmin, do PSDB, em 2006. O combustível extra que alimentou o tucano e impediu a reeleição de Lula, veio principalmente de São Paulo e Minas Gerais, onde o PSDB garantiu os governos estaduais no primeiro turno.

Tensão

Sinalizando a tensão entre o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e o Planalto, os líderes parlamentares cancelaram a reunião que teriam com o Ministro Fernando Haddad (PT-SP) sobre temas como reforma tributária e reoneração da folha. Lira teria se irritado por não ter sido informado da reunião e atribuiu a desfeita ao ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que estaria presente. A meta agora é tentar distensionar a relação e remarcar a reunião, com a presença dos dois, após o carnaval.

Tensão 1

Já os líderes partidários do Senado estiveram com Haddad e Padilha. Segundo o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), no encontro foi acordado que a reoneração será tratada via projeto de lei e não mais por MP. Mas a MP da reoneração deve manter a questão do Perse e das compensações tributárias.

Tensão 2

Para o Palácio do Planalto, boa parte da pressão de Lira integra um jogo para garantir a eleição de um aliado na presidência da Câmara. A escolha só acontecerá no ano que vem, mas o nome mais cotado é o de Elmar Nascimento (UB-BA). Lula não pretende se indispor com os demais postulantes. E Lira quer o apoio do governo a seu candidato ou, ao menos, a neutralidade na disputa.

Coação

Ilações, conjecturas abstratas, sem provas. É assim que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, avalia a suposta coação dos empresários Joesley e Wesley Batista, que serviu para justificar a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de suspender a multa de R$ 10,3 bilhões do acordo de leniência da J&F. Em decisão monocrática, Toffoli declarou que “há, no mínimo, dúvida razoável sobre o requisito da voluntariedade” da J&F, que justificaria, “por ora, a paralisação dos pagamentos”. Mas, no recurso apresentado por Gonet, ele afirma que “não há provas de que houve coação” dos empresários. Para ele, há apenas “ilações e conjecturas abstratas” da suposta coação. E isso não é suficiente para suspender o acordo.

Coação 1

Além disso, Gonet diz que Toffoli não deveria ser o responsável por julgar o acordo porque este “não foi pactuado com agentes públicos responsáveis pela condução da Operação Lava Jato e seus desdobramentos”. O procurador- -geral argumenta ainda que a suspensão pode causar “grave risco ao sistema previdenciário complementar”: Funcef, da Caixa Econômica Federal, e Petros, da Petrobras, receberiam, cerca de R$ 2 bilhões cada do total de R$ 10,3 bilhões da multa.

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