Evento em Campo Grande debate oportunidades e desafios do Corredor Bioceânico, conectando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile ao mercado asiático
Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a integração regional entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, teve início na terça-feira (18) o Seminário Internacional da Rota Bioceânica e o 6º Foro de los Gobiernos Subnacionales del Corredor Bioceânico. O evento segue até o dia 20 de fevereiro e é realizado pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com apoio da Fiems e do Sebrae/MS, e colaboração da Energisa e Águas Guariroba.
As atividades acontecem no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, na Capital, e incluem painéis, reuniões técnicas e culturais, reunindo autoridades governamentais, empresários e especialistas de diversas áreas. O principal tema em discussão é o Corredor Bioceânico, trajeto rodoviário de 3.320 km que conectará os quatro países ao Oceano Pacífico, facilitando o acesso ao mercado asiático.
Durante a solenidade de abertura, o governador Eduardo Riedel destacou que o projeto vai além da infraestrutura e do comércio internacional, enfatizando o fortalecimento dos laços entre os países. “O que nos une é tirar este sonho do papel. Temos a obrigação de motivar a nossa gente. O sentimento de irmandade é o principal elo da Rota Bioceânica, muito mais do que as obras e comércio internacional. Estes benefícios envolvem toda população ao longo deste caminho”, afirmou.
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Foto: Bruno Rezende
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ressaltou que a rota bioceânica integra um conjunto de cinco corredores em andamento, que vão conectar o Brasil aos países da América do Sul e ao Oceano Pacífico. “Uma alegria fazer parte deste processo. Somos um povo de paz com nossos vizinhos da América do Sul, o que nos dividem são meras ruas estreitas. Esta unidade nos faz ter uma riqueza única. Hoje temos uma política de Estado com cinco rotas de integração Sul-Americana”.
Jaime Verruck, secretário da Semadesc, reforçou que a proposta transcende a obra física e simboliza uma nova fase na geopolítica sul-americana. “Um novo capítulo da geopolítica, que vai além do concreto e asfalto e sim da integração de pessoas, um compromisso com o futuro, que vai impactar muitas vidas, abrindo um leque de oportunidades”.
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Governador de Tarapacá (Chile), José Miguel Carvajal Gallardo – Foto: Bruno Rezende
Um dos pontos estratégicos do corredor bioceânico, o porto de Iquique, no Chile, será uma das principais rotas de escoamento de mercadorias para o mercado asiático. O governador de Tarapacá (Chile), José Miguel Carvajal Gallardo, destacou o impacto econômico e social do projeto. “Vivemos um momento histórico, de muito orgulho. Um sonho econômico e social, que vai ser um projeto humanizador, que reduz a distância entre os povos. Oportunidades econômicas em um momento significativo para América do Sul, que era um sonho de tantos e tantas”.
O governador Eduardo Riedel também destacou os desafios que ainda precisam ser superados para viabilizar o corredor. “Vamos buscar a fluidez e integração em todas as áreas, que vai ser um desafio para nossas diplomacias. A rota será um motivo de competitividade ao setor privado. No ano que vem teremos a inauguração da ponte (binacional) e as diversas estradas para viabilizar o corredor”.
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