Mato Grosso do Sul registrou, em média, 12 mortes por mês nas rodovias federais que cortam o Estado no primeiro semestre de 2025. Os dados foram divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e mostram que, apesar da alta frequência de tragédias, houve uma leve redução no número de óbitos em relação ao mesmo período do ano passado.
Entre janeiro e junho deste ano, 73 pessoas perderam a vida em acidentes nas BRs do Estado. No primeiro semestre de 2024, foram 76 mortes — uma queda de 3,95%. Mesmo com a redução, o cenário ainda é preocupante: a cada dois dias e meio, uma pessoa morre nas rodovias federais de MS, em muitos casos por imprudência, excesso de velocidade ou manobras perigosas.
O mês mais letal foi maio, com 19 mortes. Já o menor número de óbitos foi registrado em março, com cinco vítimas fatais. Além das mortes, o total de acidentes também caiu. Foram 781 ocorrências em 2025, contra 845 em 2024, uma redução de 7,57%.
Entre os acidentes mais graves registrados neste semestre, está o ocorrido na última quarta-feira (2), na BR-262, próximo a uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo. Um jovem de aproximadamente 18 anos morreu após a moto que pilotava colidir com um ônibus. Ele ainda não foi identificado. Em 24 de junho, uma criança de 9 anos perdeu a vida após um grave acidente entre um carro e uma carreta na BR-163, região do Jardim Colúmbia, em Campo Grande.
Outro caso de grande repercussão aconteceu no dia 15 de junho, quando um ônibus invadiu a pista contrária e colidiu com um caminhão. O impacto causou a morte imediata de duas pessoas e deixou outros passageiros gravemente feridos, com amputações. Uma barra de ferro se soltou e atingiu quem estava no coletivo.
De acordo com estudo baseado em dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), duas rodovias que passam por Mato Grosso do Sul estão entre as 10 mais perigosas do Brasil: a BR-262 e a BR-163. Ambas são palco frequente de colisões frontais, capotamentos e saídas de pista.
A PRF afirma que tem intensificado as fiscalizações e as ações educativas, principalmente durante os feriados prolongados, quando o fluxo de veículos aumenta. Mesmo assim, os números mostram que os riscos continuam altos.
“Reduzimos os índices, mas os desafios permanecem. A conscientização do motorista e o respeito às normas de trânsito são fundamentais para que esse cenário mude de forma mais significativa”, destacou a corporação em nota.
Com o início do segundo semestre, a expectativa da PRF é reforçar campanhas de prevenção e ampliar a presença nas rodovias para evitar novas tragédias.
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