Questões ambientais e climáticas são os tópicos mais problemáticos para a Capital

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Em ano eleitoral, o Instituto Cidades Sustentáveis lançou um estudo com os principais desafios a serem enfrentados e resolvidos por quem assumir a gestão municipal das capitais do país em 2025. Para Campo Grande, questões de inclusão de gênero e educação estão mais próximas da meta, mas a emissão de gás carbônico e o planejamento para evitar eventos climáticos ainda deixam a desejar.

Segundo a instituição, o poder público municipal tem um papel fundamental para mudar essa realidade. As prefeituras têm a responsabilidade de atuar em diversas áreas e, em muitos casos, autonomia para definir estratégias, ações e investimentos. Para isso, no entanto, é preciso entender a realidade local.

“É nesse aspecto que os dados se tornam ainda mais imprescindíveis. Por isso, selecionamos alguns temas e indicadores relacionados a problemas estruturais das capitais brasileiras. A intenção é apresentar um panorama dos municípios em áreas como saúde, educação, renda, violência urbana e mudanças climáticas, entre outras”, defendem.

Com 916 mil habitantes, Campo Grande foi analisada em questões de segurança, saúde, democracia e participação, educação, trabalho e renda, meio ambiente e mudanças climáticas, além de igualdade de gênero. Os temas e indicadores foram definidos a partir de pesquisa nacional de percepção da população, realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com o Ipec (Instituto de Proteção e Estudo das Relações de Consumo do Brasil), em que as pessoas apontaram os principais problemas das cidades onde moram.

O levantamento começa com segurança, onde é apresentado que em Campo Grande morrem quatro vezes mais jovens pretos, pardos e indígenas (11,37) do que brancos e amarelos (3,25). A sugestão é que os eleitores levem em consideração as propostas que visam diminuir esses índices. Já para a saúde, esse recorte social também aparece, pois as pessoas brancas e amarelas vivem até 70 anos, enquanto as pretas, pardas e indígenas vivem seis anos a menos. A meta apresentada é que haja igualdade nas taxas.

No quesito educação, assim como apresentado pelo Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) apresentado pelo Ministério da Educação no mês passado, Campo Grande precisa sair do índice de 5,3 e alcançar a meta nacional de 6, principalmente nos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Já sobre igualdade de gênero, ainda estamos com 19% das mulheres recebendo menos que os homens no mercado de trabalho, porém, somos a quarta capital com mais participação feminina nas secretarias municipais, correspondendo a 38,5% dos servidores do sexo feminino.

Por fim, e mais alarmante, Campo Grande é a terceira cidade que mais emite CO2 de toneladas por habitantes, com 4,00. Ficamos atrás, apenas, dos impressionantes números de Rio Branco, com 15,33, e Porto Velho, com 62,72. A meta é que sejam emitidas 0,83 toneladas por habitantes. É preciso levar em consideração esses dados porque o dióxido de carbono é um dos responsáveis pelo aumento da temperatura nas cidades, resultando no aquecimento global.

A Capital Sul-mato-grossense é também uma das últimas em questões de estratégias de gestão de risco e prevenção aos eventos climáticos, com 36% de gestão, atrás só de Belém, com 20%.

Por Kamila Alcântara

 

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