Procura por máscaras volta a crescer em meio ao avanço das doenças respiratórias

Farmácias reforçam que a população tem redobrado os cuidados com a proteção - Foto: Inez Nazira
Farmácias reforçam que a população tem redobrado os cuidados com a proteção - Foto: Inez Nazira

Item que marcou a pandemia de covid-19, volta a ganhar força entre pessoas com sintomas gripais

 

Farmácias da Capital têm registrado aumento na procura por máscaras descartáveis, reflexo da preocupação crescente com a circulação de vírus respiratórios, especialmente o H1N1. A alta coincide com a divulgação de dados preocupantes no Boletim Epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), que aponta aumento de casos de Influenza e SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) nas últimas semanas.

Na semana 14, o boletim registrou 1476 casos hospitalizados de SRAG, desses, 109 são de Influenza, sendo 100 do tipo A, dos quais 59 foram confirmados como H1N1. Até o momento, já foram confirmados 10 óbitos por Influenza no estado. Na semana 13, o boletim contabilizou 1.229 casos de SRAG, sendo 75 causados por Influenza, com 35 deles identificados como H1N1. Nesse mesmo período, foram registradas 7 mortes associadas à doença.

Durante uma pesquisa realizada pelo jornal O Estado, farmácias confirmaram um aumento na procura por máscaras. Na drogaria do Grupo Mais, uma vendedora relatou que a demanda por máscaras aumentou diante da preocupação com a gripe: “Tem muita gente com H1N1 e nem sabe. Aí continua circulando, achando que é outra coisa, e passa para os outros. Por isso, tem bastante gente procurando máscara”, disse. A funcionária ainda contou que, por segurança, passou a utilizar máscara durante os atendimentos.

Já na Drogaria Carandá, a vendedora, que não quis ser identificada, revelou que houve um aumento de 35% nas últimas semanas. “As pessoas estão procurando mais o produto, acredito que seja pelo aumento de casos de gripe. Estamos vendo várias pessoas tossindo, passando mal, além das notícias que vemos de que os postos estão cheios de pessoas com esses sintomas”.

Outro estabelecimento confirmou o aumento na procura. “Teve sim. A gente percebeu esse crescimento, mas os dados exatos só o setor financeiro tem acesso”, informou um atendente, que preferiu não identificar o nome da farmácia.

Conforme já noticiado anteriormente pelo Jornal O Estado, a Secretária Municipal de Saúde, Drª Rosana Leite, explicou que o uso de máscaras é recomendado principalmente para as pessoas que estão com algum sintoma, e no caso de idosos e crianças, sempre que estejam em locais de aglomeração e grande circulação de pessoas, tais como supermercados e shoppings. No entanto, informou que o município ainda não emitiu nenhuma determinação exigindo o uso do item de proteção individual, tal como aconteceu na pandemia de covid-19.

Drive-thru ultrapassa 7 mil doses

O drive-thru da SES (Secretaria de Estado de Saúde) segue como um dos principais pontos de vacinação contra a gripe em Campo Grande, especialmente para quem precisa se imunizar fora do horário comercial. A estrutura tem garantido acesso à vacina inclusive aos fins de semana e feriados, e desde o início de abril já aplicou mais de 7,4 mil doses. A campanha termina na próxima quinta-feira (17).

Com atendimento em horários estendidos, o drive tem se mostrado essencial para trabalhadores que não conseguem comparecer às unidades de saúde durante o dia. A movimentação mais intensa foi registrada nos fins de semana, com mais de 1.000 doses aplicadas em cada sábado e domingo de funcionamento. Durante os dias úteis, os maiores volumes de aplicação foram registrados na quinta-feira (04/04), com 380 doses, na sexta-feira (11/4), com 300 doses, e na segunda-feira (7/4), com 330 doses. Nos demais dias da semana, os atendimentos variaram entre 200 e 360 doses diárias.

A vacina contra a Influenza é a principal forma de prevenção contra complicações causadas pelo vírus da gripe, especialmente em pessoas mais vulneráveis. A SES reforça o alerta: com a chegada do outono e o aumento da circulação de vírus respiratórios, é fundamental que os públicos prioritários aproveitem os últimos dias para se proteger.

 

Por Inez Nazira

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