Prisão de donas de ONG causa repercussão na Capital; advogada fala sobre o caso

Vitória Junqueira, Advogada de defesa (Foto: Redes Sociais )
Vitória Junqueira, Advogada de defesa (Foto: Redes Sociais )

Na tarde de ontem (04), duas mulheres que são proprietárias de uma ONG muito conhecida na Capital, pelo trabalho voluntário e acolhimento de animais abandonados, foram presas após denúncias de maus-tratos feitas por vizinhos.

O jornal O Estado Online contatou Vitória Junqueira, advogada encarregada da defesa das mulheres diante das acusações. Vitória detalhou como ocorreu a denúncia e há quanto tempo as protetoras vêm enfrentando essa perseguição por parte dos vizinhos. “Acontece que a população ali ao redor da chácara onde elas residem é insatisfeita. E eles, por isso, imputaram esses delitos que nós consideramos seríssimos e graves e que agora ocasionaram a prisão delas. Infelizmente, quando se chega na chácara, de fato, a reação é de susto, porque alguns animais estão sim doentes, alguns com sarna. É claro, são animais de rua que elas resgatam e fazem o tratamento de forma gradual, de forma possível, com a maneira que eles precisam. Porque elas não possuem muitos recursos.” concluiu.

Ela ainda pontua que a prisão foi ocasionada devido falsas denuncias de vizinhos .” Infelizmente novas denúncias agora essa semana ensejaram essa investigação da polícia, essa nova investigação, essa nova operação da polícia civil com a decat, que é a da Delegacia Especializada no Ambiente e Produção Animal. E isso ocasionou a prisão das meninas ontem pelos supostos delitos de maus tratos, poluição sonora e perturbação do sossego. Nós consideramos essa prisão arbitrária por várias irregularidades, inclusive ali no momento da abordagem policial. Infelizmente a gente tem esse cenário que nós consideramos de perseguição, onde as meninas sim são bodes expiatórios para toda essa situação desde 2022.”, relatou.

Vitória Junqueira, comenta que deveria ter um incentivo governamental para pessoas que realizam este tipo de trabalho, pois as meninas trabalham por meio de vaquinhas em redes sociais e doações. ” Talvez o que isso enseje é um grito ao Poder Público, ao governo, de que as meninas precisam, e não só as meninas, como outras causas precisam do suporte do Poder Público de verbas, de repasse, de gente séria e comprometida no governo, para ter um projeto de incentivo a essas cuidadoras e a essas protetoras. Porque o trabalho que elas fazem hoje é impulsionado apenas pelo povo, que faz doações, faz vaquinhas e mantém.”, finalizou.

As advogadas, fizeram o pedido de liberdade provisória, estão aguardando que elas sejam soltas ainda hoje. A princípio, a audiência de custódia, foi designada apenas para amanhã, sábado (06), pela manhã.

A dra. Vitória postou um vídeo em suas redes sociais em defesa das mulheres, o qual contribuiu para divulgar o caso e onde ela detalha o desenrolar da história. O vídeo viralizou na internet e tem gerado bastante repercussão nas redes sociais.

Confira o vídeo na íntegra 

https://www.instagram.com/reel/C9BS5WYg7T4/?igsh=NXd1ODYyZHF1Y2h6

 

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