Representantes do hospital São Julião, vereadores da Comissão de Saúde e o secretário municipal, Sandro Benites, participaram, na última quinta-feira (29), de uma reunião na Câmara Municipal, que culminou com a decisão sobre a renovação do contrato com a prefeitura de Campo Grande, bem como o depósito de R$ 472 mil e emendas parlamentares.
Segundo o presidente da Comissão de Saúde, Dr. Victor Rocha, atualmente, o contrato do hospital São Julião está em torno de R$ 1,7 milhão, sendo que, deste valor, R$ 957 mil são recursos do governo federal, R$ 410 mil são recursos do Governo do Estado e cerca de R$ 300 mil são da prefeitura.
Victor Rocha explicou que, por meio da renovação, será garantida a manutenção dos atendimentos no hospital São Julião. “Esse contrato vence dia 30 de junho e precisa ser renovado, para que o hospital São Julião não paralise os atendimentos oferecidos à população, como consultas, tratamentos, cirurgias gerais e oftalmológicas.” Outro ponto definido é a votação de suplementação financeira para custeio dos serviços suspensos de cirurgia geral, que deverá ser enviada à Câmara Municipal até a sexta-feira da próxima semana, pois, após a autorização, a prefeitura de Campo Grande poderá efetuar o pagamento de R$ 2,5 milhões das emendas parlamentares do senador Nelsinho Trad, da senadora Soraya Thronicke e do deputado federal Dr. Luiz Ovando.
Segundo o hospital, com o pagamento das emendas serão restabelecidos o serviço de cirurgia geral, com a previsão de serem realizadas 1.200 cirurgias, por ano. “Após o pagamento das emendas parlamentares, o hospital irá aumentar 10 leitos clínicos, pois já oferece 150 leitos clínicos, auxiliando com a demanda reprimida em mais de 1.000 cirurgias gerais, só no hospital São Julião. Essa fila de espera precisa ser resolvida e o São Julião é de fundamental importância, como prestador de serviço de excelência.”
Sobre os procedimentos já realizados, ficou acertado o pagamento de cerca de R$ 400 mil. Por fim, o vereador Dr. Victor Rocha sugeriu a realização de incremento de recursos no valor de R$ 300 mil, fruto de repasse financeiro da União, Estado e município. “O São Julião tem uma ampla capacidade de produção, porém, por defasagem no repasse financeiro, não pode ampliar os atendimentos (consultas, tratamentos e cirurgias gerais eletivas) oferecidos pela instituição. A população tem sido a maior penalizada com a falta desses atendimentos e, se não resolvermos a situação do São Julião e dos demais hospitais, como a Santa Casa e a Maternidade Cândido Mariano, corremos o sério risco de colapso na saúde pública da Capital.”
Outro recurso que o hospital São Julião aguarda é de R$ 70 mil, fruto do Incremento MAC (Incremento Temporário do Teto da Média e Alta Complexidade). “Estamos, há mais de 20 anos, prestando um serviço de excelência para a população de Mato Grosso do Sul, nossa vinda aqui, na Câmara, é para ter o apoio dos parlamentares”, disse Carlos Melke, presidente do hospital São Julião.
Próximo passo
Segundo o vereador Coronel Villasanti, o próximo passo será discutir, junto ao município e Governo do Estado, o incremento dos repasses de recursos ao hospital São Julião com celeridade, além de solicitar mais investimento do governo federal na Saúde. “Estamos acompanhando de perto, fiscalizando e cobrando a continuidade do atendimento à população, no hospital São Julião, que realiza, aproximadamente, 1.200 cirurgias por ano, na Capital, e também o justo recebimento aos serviços já realizados”, explicou Villasanti.
A reunião contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges e da Comissão de Saúde composta pelos vereadores Dr. Victor Rocha (presidente), Prof. André Luis (vice-presidente), Dr. Jamal, Dr. Loester e Tabosa (membros) e os vereadores Edu Miranda, Coronel Alírio Vilassanti, Silvio Pitu, Zé da Farmácia, Aldemir Santana, Papy e William Maksoud; o secretário municipal de Saúde, Sandro Benites, superintendente de Relações Institucionais da Sesau, Yama Albuquerque Higa; o presidente do hospital São Julião, Carlos Melke, a superintendente de Gestão, Jéssyka Mendes e o advogado Luiz Pedro (ambos do São Julião).
[Michelly Perez – O ESTADO DE MS]
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