O indicador econômico do setor é ainda mais otimista para 2027, onde deve atingir R$ 50 bi, aponta Fiems
O PIB industrial (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul teve um crescimento de 9,03% desde 2023, quando saiu de R$ 36,4 bilhões para R$ 39,7 bilhões, atualmente. Os dados foram apresentados pela Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul) durante café da manhã com a imprensa na sexta-feira (20), para detalhar o desempenho do setor industrial ao longo de 2024, além de estipular metas para o próximo ano.
A coletiva de imprensa ainda abordou assuntos como a alta taxa de juros, refis e Reforma Tributária. O economista-chefe da instituição, Ezequiel Resende avaliou que a indústria de Mato Grosso do Sul vem atingindo um crescimento exponencial desde 2015.
“O pico da indústria em MS dobrou encerrando o ano de 2024 próximo de 40 bilhões, e até 2027 a projeção é chegar próximo de R$ 50 bilhões. Então nossa indústria de transformação, hoje tem se destacado nacionalmente. É uma das que mais exporta, tem investimentos bilionários, tem aumentado a sua participação no valor na transformação industrial brasileira. Isso graças aos segmentos de proteína animal, com carnes bovinas, suínas , aves, processamentos de soja, a agroindústria de bioenergia com o segmento de sucroenergético, milho e especialmente com a indústria de base florestal”, detalhou.
A indústria de transformação do Estado está em 9º lugar no ranking nacional das que mais exportam, segundo levantamentos do Observatório da Indústria da Fiems, sendo que 78% de aumento no valor do setor ocorreu nos últimos cinco anos, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
São mais de 7,9 mil empresas industriais ativas no Estado, sendo elas responsáveis por empregar mais de 161 mil trabalhadores formais. Apenas neste ano, foram mais de R$ 85 bilhões em investimentos na ampliação ou construção de novas fábricas, de acordo com levantamento da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
O evento foi realizado no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), e contou com a presença dos secretários de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, de Governo, Rodrigo Perez, e de Comunicação, Frederico Fukagawa.
Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o ano foi desafiador diante do cenário econômico com as taxas de juros e aumento do dólar, no entanto com resultados positivos. “O setor industrial vem contribuindo com a economia do Estado, podemos observar nos panoramas que a geração de emprego vem acontecendo nas regiões de MS, cerca de 50% a indústria está presente de uma forma indireta e direta. Trazendo a sua exposição de desenvolvimento, vem se consolidando ano a ano. Veja que nós estamos, praticamente, dobrando o PIB a cada sete anos”, comemorou o desenvolvimento.
Indústria em números
No setor industrial de Mato Grosso do Sul são cerca de 7,9 mil empresas industriais ativas, neste ano foram gerados 161.000 trabalhadores formais diretamente empregados. Aproximadamente 150 países compraram da indústria sul-mato-grossense. Somando cerca de US$ 6,0 bilhões de dólares em exportação.
O governador Eduardo Riedel destacou a importância da união para criar um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento da indústria. “Não fazemos sozinhos, mas em parceria com várias instituições, públicas e privadas. A Fiems tem estado a todo momento sendo parceira das ações do governo, como temos sido parceiros das ações da Federação, no sentido de potencializar o que está acontecendo no Estado de Mato Grosso do Sul”.
O Estado também encerra o ano como o 5º maior exportador de produtos derivados da soja (óleos, proteínas texturizadas, farelos e rações) com US$ 765 milhões ou 8% do total (1,69 milhão de toneladas). Além de nos segmentos de etanol de milho (Inpasa e Neomille) a produção estimada em 1 bilhão de litros de etanol para 2024. MS é o 2º maior produtor. Para 2025 a estimativa é de 1,5 bilhão de litros.
Dourados, Campo Grande, Três Lagoas, Caarapó, Ponta Porã, Sidrolândia e Bataguassu, são os municípios onde estão localizados os principais processadores de soja e milho. Já os países compradores são 37 no total, como: Holanda, Indonésia, Dinamarca, Polônia, Alemanha, Índia, Venezuela, França, Tailândia e Irã;
A atividade industrial nos frigoríficos do Estado, aponta resultados positivos também e fecha esse ciclo como o 5º maior rebanho de bovino – 18,9 milhões de cabeças (8% do rebanho bovino do país), sendo o 4º estado em abates – 3,31 milhões de animais abatidos, 9,7% dos abates do Brasil (Produção de 887 mil toneladas). E o 4º maior exportador de carnes e miudezas bovinas, com US$ 1,23 bilhão (314 mil toneladas). O estado comporta 58 unidades frigorí?cas com CNPJ’s ativos.