Neste ano, Síndrome Respiratória Aguda Grave está sendo mais letal que a covid-19

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Superintendente em vigilância da Sesau, Veruska Lahdo, afirma que apenas 40% da população se vacinou

O número de óbitos por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) vem ultrapassando o número de mortes por covid-19. De janeiro a agosto de 2023 foram registrados 154 mortes em decorrência de complicações no tratamento contra o coronavírus, nesse mesmo intervalo de tempo, foram 502 óbitos por SRAG.

Boletim apresentado na última semana trouxe um comparativo entre as doenças. O Estado acumula 5.826 internações por SRAG neste ano, sendo 144, da última semana. 

O Estado registrou, em 2023, 22.844 novos casos de covid-19, nos últimos sete dias foram 34 casos e dois óbitos. Número menor que 2022, em que chegou a 212.804 casos. 

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) de Campo Grande, reforçou as orientações em relação aos cuidados e formas de prevenção da doença. As orientações são o uso de máscaras, principalmente por pessoas com sintomas gripais. Evite tocar nos olhos, nariz e boca sem ter higienizado as mãos, mantenha os ambientes bem ventilados e evite aglomeração. Não leve a criança para a escola quando ela estiver doente, a fim de evitar a transmissão, mantenha atualizada a caderneta de vacinação das crianças.

Foto: Marcos Maluf

 

Epidemia

Em entrevista ao jornal O Estado, a superintendente em vigilância da Sesau (Secretaria de Saúde de Campo Grande), Veruska Lahdo, explicou que em 2023 o número de casos teve um aumento significativo. “Passamos pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório), que atingiu a maioria das crianças. Entre março e abril, o aumento ficou evidente, como uma epidemia”, disse.

Veruska Lahdo continua dizendo que “devido à covid-19 muitas crianças deixaram de ir à escola, ficando em isolamento e com o retorno à normalidade houve um aumento da circulação de vírus e as crianças acabaram se contaminando”, acrescentou.

A superintendente em vigilância afirmou ainda que a procura pela vacinação foi baixa. “Menos de 40% da população recebeu a vacina. Ela vem para minimizar complicações e reduzir óbitos. Com a baixa procura vacinal ao longo do anos, o risco do adoecimento, principalmente com crianças abaixo de dois anos, é preocupante”, concluiu.

 

ÚLTIMO ÓBITO 

Um bebê, de apenas 3 meses, morreu com diagnóstico de influenza B, na cidade de Aquidauana, de acordo o boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde).

A vítima não tinha doenças cardiovascular crônica. O óbito foi registrado no dia 28 de agosto, sendo que a menina é a 24ª vítima de influenza B em Mato Grosso do Sul, neste ano.

 

Por Thays Schneider – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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