MS é reconhecido por seu crescimento econômico, diversidade cultural e qualidade de vida

Foto: Marcos Maluf
Foto: Marcos Maluf

Celebrando 47 anos, estado com avanço significativo em população é considerado cosmopolita 

 

Reconhecido por ter uma das capitais mais arborizadas do mundo, implementação de políticas públicas e fomento à cultura, Mato Grosso do Sul celebra 47 anos nesta sexta-feira (11). Com quase três milhões de habitantes, destaca-se pela dedicação ao turismo e pelo estímulo de empregos devido à implementação da rota bioceânica.

Além disso, o investimento na ciência, com mais de R$ 300 milhões aplicados em tecnologia e inovação, alavancou a sua produção científica. Caminhando para seu cinquentenário, autoridades do âmbito social, cultural e ambiental comentam sobre os progressos do estado.

São quase 4 décadas e meia de Mato Grosso do Sul, um estado historicamente construído sobre uma base agrícola e pecuária. Durante esses 40 anos, para além da agropecuária, Mato Grosso do Sul avançou em inúmeras esferas, conforme destaca o doutor em Educação e professor de História, Eronildo Barbosa. Para o docente, a divisão, que ocorreu em 77, trouxe inúmeros benefícios. Mato Grosso do Sul é descrito como um estado cosmopolita, que recebe imigrantes de várias partes do mundo, o que enriquece sua cultura e sociedade. Um bom lugar para viver, acrescenta o docente, com boas universidades, um ambiente saudável e infraestrutura adequada, embora haja desafios na distribuição de renda e salários.

“MS evoluiu de uma economia baseada em agricultura e pecuária para uma economia diversificada, com crescimento significativo na população e na economia, especialmente na produção de madeira e indústrias associadas. A cidade apresenta uma taxa de emprego muito boa. A implementação da rota bioceânica é uma oportunidade para fomentar o emprego e o turismo, além de integrar os países vizinhos. Campo Grande, por exemplo, é uma cidade cosmopolita, aqui moram pessoas da Europa, da África, pessoas dos Estados Unidos e do Oriente Médio. A medicina aqui é importante, aqui você tem boas universidades, um meio ambiente fantástico, uma capital muito boa para se viver, com ruas largas, arborizadas, uma cidade progressista. No Estado inteiro, você tem cidades que estão entre as mais ricas do Brasil”, enfatiza.

De identidade pluricultural, sua população e seus costumes são resultados da contribuição de vários povos. Nordestinos, paraguaios, sírio-libaneses, são algumas das culturas que tecem a formação do Estado. “Um dos destaques é a entrega de aproximadamente 20 mil cestas alimentares todos os meses para essa população em 86 aldeias. São iniciativas, dentre outras ações transversais de governo, que refletem em um compromisso crescente com a inclusão e a justiça social”, ressalta a Secretária de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos, e também defensora pública de carreira, Patrícia Cozzolino.

A cultura sul-mato-grossense é intrinsecamente ligada à imigração, instituída em meados do século XX, por necessidades de mão-de-obra no campo. Assim, sua dança, música, teatro e outras artes são marcados pela integração de culturas. Visando ressaltar tais atributos, segundo o diretor-presidente da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul, Eduardo Mendes, “a cultura tem avançado nos últimos anos, principalmente no que tange ao fomento, com editais maiores e projetos robustos”. Para o secretário, investir em eventos como MS ao Vivo, além da vinda de recursos por meio das leis nacionais como a Paulo Gustavo e o Plano Nacional Aldir Blanc, possibilita inúmeros projetos a serem realizados”. “Mato Grosso do Sul é um celeiro de ações culturais, novos artistas, novas ações e o desenvolvimento da cultura em nosso estado é latente”, conta.

No que tange à educação, o investimento em tecnologia e áreas científicas vem desde 1998 com a Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul). R$ 350 milhões em tecnologia e inovação já foram aplicados, recursos que alavancaram a produção científica, colocando MS como 8º do país em densidade, e o surgimento de startups. “O Estado de Mato Grosso do Sul tornou-se referência em diversas áreas científicas e tecnológicas, especialmente nos estudos das ciências agrárias e ambientais. Nossas universidades públicas, privadas e institutos como UFMS, UFGD, UEMS, UNIDERP, UCDB, IFMS geram conhecimento científico e formação de recursos humanos altamente qualificados. Junto à academia, instituições de pesquisas como as Embrapas Gado de Corte, Pantanal e Agropecuária Oeste, assim como Fundação MS e Fundação Chapadão, formam a força da ciência sul-mato-grossense”, disse o diretor-presidente da Fundect, Márcio de Araújo Pereira.

Pelo 5º ano consecutivo, a Capital celebra o reconhecimento como Tree City of the World (Cidade Árvore do Mundo), concedido anualmente pela Arbor Day Foundation e pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. O reconhecimento não tem relação apenas com a quantidade de árvores existentes na cidade, mas também como é realizada a gestão de suas florestas urbanas. A Capital também é pioneira em realizar o tratamento de árvores notáveis (importantes em estoques de carbono e valor cultural), sendo a primeira cidade que realiza endoterapia em árvores (técnica de nutrição em que as árvores “tomam soro”) – para melhorar suas condições e aumentar a sobrevida. A ação já foi realizada nas Figueiras dos canteiros centrais das Avenidas Afonso Pena e Mato Grosso. “Com essas ações, o município reforça seu compromisso com a sustentabilidade e a adaptação à crise climática, com a busca por soluções inovadoras que preservem o meio ambiente e melhorem a qualidade de vida da população”, celebra Kátia Sarturi, secretária da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana).

 

Por: Ana Cavalcante

 

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