Os novos radares eletrônicos de Campo Grande começam a multar a partir desta quarta-feira, 19 de novembro, após o fim do período educativo de 15 dias previsto no contrato entre a prefeitura e o Consórcio CG Segura. Durante a fase de orientação, encerrada nesta terça-feira (18), os equipamentos registraram eventuais infrações sem aplicação de penalidades. Com o término do prazo, as autuações passam a valer normalmente.
Como noticiado pelo Jornal O Estado em outubro, a Capital recebeu 93 novos radares que fiscalizarão 212 faixas. Os dispositivos contam com sensores de alta precisão e tecnologia OCR, capazes de identificar placas, medir velocidade e registrar automaticamente infrações como avanço de sinal vermelho, parada sobre a faixa de pedestres e conversões proibidas.
Em nota enviada ao Jornal O Estado, a Agetran informou que o período educativo de 15 dias foi adotado para permitir a adaptação dos condutores aos novos equipamentos. A agência reforçou que, a partir desta quarta-feira, os radares passam a autuar infrações normalmente e reafirmou seu compromisso com a segurança viária, mobilidade urbana e preservação da vida.
O que muda com a operação plena
Com o início das autuações, todas as infrações captadas pelos novos radares passam a gerar multa. Em entrevista anterior ao Jornal O Estado, o diretor de Trânsito da Agetran, Ciro Vieira Ferreira, explicou que essa etapa é essencial para consolidar o funcionamento do sistema e avaliar eventuais ajustes técnicos.
Ciro detalhou que Campo Grande passa a operar três tipos de equipamentos: radares fixos, que medem apenas velocidade; radares mistos, capazes de registrar avanço de sinal vermelho, parada sobre a faixa, conversões proibidas e veículos com licenciamento vencido; e as lombadas eletrônicas, destinadas exclusivamente ao controle de velocidade.
Ele também esclareceu que os novos modelos não realizam cálculo de velocidade média, recurso disponível em outros estados, mas não previsto no contrato atual.
Expansão prevista
Esta primeira leva de equipamentos integra a etapa inicial do novo sistema de fiscalização eletrônica. Caso o desempenho seja considerado satisfatório pela Agetran, a cidade deverá receber outros 63 equipamentos, ampliando a fiscalização para mais 160 faixas.
Os dados coletados pelos radares ajudarão na identificação de pontos críticos, horários de maior movimento e recorrência de infrações, subsidiando ações de conscientização e planejamento urbano.
Contrato e operação
O novo contrato é operado pelo Consórcio CG Segura, vencedor da licitação de R$ 47,9 milhões. O grupo reúne as empresas Serget Mobilidade Viária, Mobilis Tecnologia, Meng Engenharia e Energy Tecnologia de Automação. O valor representa redução de 16 por cento em relação ao contrato anterior. O prazo inicial é de 24 meses, com possibilidade de prorrogação por até 10 anos.
O consórcio é responsável pela instalação, manutenção, análise das imagens, plataforma de dados e central de monitoramento. Os antigos radares foram desligados em 1º de setembro, com o encerramento do contrato com o Consórcio Cidade Morena, vigente desde 2018.
Por Suelen Morales; colaborou Inez Nazira