A Prefeitura de Campo Grande informou, em nota enviada a O Estado, que a direção da Escola Municipal Professora Maria Regina de Vasconcelos Galvão acionou imediatamente a Guarda Civil Metropolitana após receber a informação sobre a suspeita de distribuição de lanches estragados a estudantes, na tarde de segunda-feira (11).
Segundo a administração municipal, uma viatura foi até a região e realizou buscas, mas não localizou suspeitos. Como medida preventiva, a direção entrou em contato com os pais das crianças que teriam consumido o alimento e reforçou as orientações de segurança.

Foto: reprodução
Ainda de acordo com a nota, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) promove continuamente ações de conscientização na rede municipal sobre os riscos de aceitar alimentos de pessoas desconhecidas. Nesta terça-feira (12), a Guarda Civil Metropolitana intensificou as rondas no entorno da unidade escolar para identificar possíveis ações suspeitas.
O caso ocorreu quando dois adultos, em um carro preto, foram flagrados entregando lanches a crianças na avenida em frente à escola, no bairro Guanandi. A equipe escolar recolheu os alimentos e constatou que estavam estragados, impedindo que fossem consumidos no intervalo.
A direção fez um apelo aos pais e responsáveis para que orientem os filhos a não aceitarem alimentos, brinquedos ou qualquer outro item de desconhecidos. “Agradecemos a colaboração de todos para manter nossas crianças seguras”, destacou a nota da escola.
A Prefeitura reafirmou o compromisso com a segurança e o bem-estar dos alunos da Rede Municipal de Ensino, atuando de forma preventiva e imediata diante de qualquer situação que possa colocar em risco a integridade física ou a saúde de crianças e adolescentes.
Caso parecido em MT
O ano passado foi marcado por um incidente que chocou a comunidade de Guarantã do Norte, a cerca de 771 km de Cuiabá-MT. Dezesseis estudantes de uma escola local foram hospitalizados após consumirem doces e salgadinhos que, mais tarde, descobriu-se estarem vencidos. O caso, que ganhou repercussão nacional, teve o mesmo modelo de atuação do registro na Capital e amplia o alerta sobre a segurança alimentar e a vulnerabilidade infantil.
A situação do estado vizinho teve início quando um casal de catadores de recicláveis, cujas identidades não foram reveladas, ofereceu os alimentos às crianças. De acordo com a coordenadora pedagógica da escola, as crianças estavam esperando o transporte escolar quando receberam os itens. Sem saber do perigo, os alunos levaram os salgados e doces para a escola e os consumiram durante o recreio.
O cenário mudou rapidamente. Imagens da época mostram o desespero e a confusão no pátio da escola, com as crianças passando mal, sofrendo com vômitos e diarreia. A chegada dos bombeiros ao local foi crucial para o socorro imediato, e as 16 vítimas foram encaminhadas ao hospital para atendimento. Felizmente, todos os estudantes se recuperaram.
O casal responsável por distribuir os alimentos foi levado à delegacia para prestar depoimento. O caso serve como um lembrete doloroso de como a inocência das crianças as expõe a riscos, ressaltando a importância de monitorar e educar sobre a necessidade de não aceitar alimentos de desconhecidos.
Por Suelen Morales
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