Dia do Trabalhador divide opiniões entre quem comemora o emprego e quem pede por melhores condições

Foto: ROBERTA MARTINS
Foto: ROBERTA MARTINS

Na Capital, Funsat cita maior número de contratações em vagas de supermercados e atacadistas

Na semana em que se celebra o Dia do Trabalhador (1º de Maio), o presidente da SECCG (Sindicato dos Empregados do Comércio de Campo Grande), Carlos Santos, afirmou que não há nada para ser comemorado nesta data diante da dura realidade do mercado: jornadas exaustivas, escalas que não permitem ao trabalhador momentos de lazer e descanso, pressão psicológica e metas quase impossíveis de serem batidas.

Para ele, essa data já foi comemorativa, momento em que a força de trabalho de tantas pessoas era reconhecida, mas, hoje, restou apenas uma grande indignação causada pela exploração da mão-de-obra pelos empregadores que, muitas vezes, não garantem direitos básicos aos seus funcionários.

“Durante muitos anos, o 1º de Maio era celebrado com respeito. Empresas promoviam festas, sorteios de prêmios e homenagens aos trabalhadores, reconhecendo seu valor. Hoje, infelizmente, essa valorização deu lugar à exploração e à invisibilidade”, relembra Carlos Santos.

Apesar dos apontamentos do presidente do sindicato, muitos trabalhadores, inclusive da região central de Campo Grande, se dizem satisfeitos e acreditam que ter um trabalho, mesmo que de maneira informal, já é motivo suficiente para comemorar a data, destacando inclusive que o esforço que estão fazendo vai valer a pena.

Por outro lado, há outros profissionais que discordam e destacam a falta de reconhecimento, de incentivos governamentais e de direitos trabalhistas como razões para não se celebrar o dia 1º de maio.

NÚMEROS POSITIVOS

Apesar do cenário descrito pelo líder sindical, o Brasil tem um quadro otimista para abertura de postos de emprego e contratações. De acordo com dados no Novo Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgado na quarta-feira (30), pelo Ministério do Trabalho e Emprego, o país encerrou o mês de maio com 71.576 mil contratações formais. Apenas no Centro-Oeste, foram +6.962 postos.

Neste mesmo sentido, a Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), destacou o otimismo da instituição quanto ao número de atendimentos realizados e a busca por uma colocação no mercado.

De acordo com a instituição, neste primeiro quadrimestre de 2024, foram realizados 6 mil atendimentos. Diariamente são oferecidas 1,7 mil vagas em diversos setores, sendo que a maior parte das contratações efetivadas são para ocupações operacionais em supermercados e atacadistas.

Para ampliar a oferta de empregos na Capital, a Fundação tem levado ações itinerantes aos bairros de toda Capital, como a Moreninhas, Jardim Inápolis, Vida Nova, Estrela Dalva, entre outros, sempre contando com a presença de empresas parceiras, o que abre possibilidades para contratação imediata.

“Cientes do nosso papel para a empregabilidade de Campo Grande, somos uma conexão responsável entre o Mercado de Trabalho e o trabalhador, o elo que envolve um atendimento acolhedor, proximidade de serviços e o acesso constante à capacitação profissional, para que mais pessoas sejam contratadas e a inclusão promovida pela nossa Fundação gere progresso à Capital”, afirma João Henrique Bezerra, diretor-presidente da Funsat.

Por Ana Clara Santos 

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