Contrariando tendência nacional, inflação acelera em Campo Grande no mês de abril

deflação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Batata, café e medicamentos estão entre os vilões do aumento de preços na capital sul-mato-grossense

O custo de vida em Campo Grande voltou a subir com mais força em abril. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da capital ficou em 0,60%, acima da taxa registrada em março (0,42%) e também superior à média nacional (0,43%) para o mês. No acumulado de 12 meses, a inflação em Campo Grande atinge 6,01%.

Os principais responsáveis por esse avanço foram os alimentos e os itens de saúde, que juntos concentraram os maiores impactos no bolso dos consumidores. Produtos básicos como batata-inglesa (44,37%), cebola (15,44%) e café moído (9,40%) apresentaram fortes altas. A alimentação fora de casa também pesou: o preço dos lanches subiu 2,30% e o das refeições, 0,95%.

Já o grupo Saúde e Cuidados Pessoais teve alta de 1,45%, puxado principalmente pelos medicamentos, que registraram aumento médio de 3,96%. A elevação está relacionada à autorização de reajuste de até 5,09% nos preços dos remédios, em vigor desde o fim de março. Itens como anti-inflamatórios e remédios para pressão e colesterol tiveram aumento superior a 6%.

Apesar da pressão inflacionária, o grupo Transportes teve queda de 0,29% no mês, ajudando a conter um avanço ainda maior do índice. A gasolina recuou 0,87%, e os preços de passagens aéreas e seguros de automóveis também caíram.

No acumulado do ano, a inflação na capital sul-mato-grossense soma 2,69%, e os dados reforçam o peso dos produtos básicos na rotina da população. Mesmo com desaceleração em nível nacional, o cenário regional mostra que o alívio ainda não chegou à mesa e à farmácia dos campo-grandenses.

 

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