Catolicismo segue sendo maioria em MS, mas número de evangélicos e sem religião segue em crescimento

Foto: Imagem ilustrativa/Freepik
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Mato Grosso do Sul tem 2.350.132 pessoas com 10 anos ou mais que declararam alguma religião, segundo o Censo Demográfico 2022: Religiões, divulgado nesta sexta-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento confirma o catolicismo como a religião predominante no Estado, mas evidencia o crescimento dos evangélicos e daqueles que se declaram sem religião.

De acordo com os dados, 1.219.677 pessoas se identificam como católicas, enquanto os evangélicos somam 763.096 pessoas. Na sequência, aparecem os espíritas (39.526), umbandistas e candomblecistas (14.410) e os praticantes de tradições indígenas (2.100). Outros tipos de religiosidade abrangem 96.896 pessoas. O levantamento também revela que 210.472 sul-mato-grossenses se declararam sem religião, número que representa 8,92% da população declarada, o segundo maior percentual da região Centro-Oeste, atrás apenas do Distrito Federal (10,6%). Durante a pesquisa, 1.140 pessoas não souberam informar sua religião, enquanto outras 2.815 optaram por não declarar.

O Censo também aponta uma maior adesão religiosa entre as mulheres em Mato Grosso do Sul. São 1.056.011 mulheres religiosas, sendo 609.711 católicas, 413.838 evangélicas, 23.418 espíritas, 7.972 umbandistas e 1.072 ligadas às tradições indígenas. Entre os homens, o total é menor: 982.800 religiosos, dos quais 609.966 são católicos, 349.259 evangélicos, 16.109 espíritas, 6.438 umbandistas e 1.028 seguidores de tradições indígenas.

A diversidade religiosa também se manifesta nos diferentes grupos étnico-raciais. Entre os brancos, a maioria é católica (552.519), seguida por evangélicos (284.594) e espíritas (22.862). Já entre os pretos, os números indicam 77.735 católicos, 60.877 evangélicos, e 1.866 adeptos da umbanda e candomblé. Entre os pardos, grupo numeroso no Estado, há 561.012 católicos, 380.904 evangélicos, 13.370 espíritas e 13.370 ligados às religiões afro-brasileiras.

Em nível nacional, o IBGE identificou uma queda no número de católicos, que passaram de 65,1% da população com 10 anos ou mais em 2010 para 56,7% em 2022. Já os evangélicos cresceram de 21,6% para 26,9%, e os sem religião passaram de 7,9% para 9,3% no mesmo período. As religiões afro-brasileiras, como umbanda e candomblé, também apresentaram aumento: de 0,3% em 2010 para 1,0% em 2022. Em contrapartida, a religião espírita caiu de 2,2% para 1,8%.

O levantamento mostra ainda que os espíritas têm o maior percentual de pessoas com nível superior completo (48%), enquanto os grupos com maiores taxas de analfabetismo são os ligados às tradições indígenas (24,6%) e ao catolicismo (7,8%).

Com isso, o novo Censo religioso mostra um retrato mais completo da pluralidade de fé no Brasil e, em especial, em Mato Grosso do Sul, onde a tradição católica ainda resiste, mas divide espaço com o avanço das igrejas evangélicas e o aumento dos que se afastam da religião institucionalizada.

 

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