Com investimento de R$ 210 milhões, obra será entregue até julho de 2026
A Prefeitura de Campo Grande lançou, nesta segunda-feira (1°), a licitação do Projeto do Complexo Hospitalar Municipal na Capital. O atendimento será em diversas especialidades médicas com leitos, salas de cirurgia, laboratórios e mais. Na ocasião, foi explicado que a Prefeitura fechará um tipo de contrato pelo qual a empresa que vai construir o prédio receberá um aluguel para mantê-lo e, mais tarde, o local será incorporado ao patrimônio público.
Anunciado há 10 meses, a obra será uma locação do tipo “built to suit” – uma construção para atender o interesse do locatário, no caso a prefeitura. O prédio, que será localizado na Rua Augusto Antônio Mira no Bairro Chácara Cachoeira, tem investimento de R$ 210 milhões, e a entrega da obra está prevista para até julho de 2026.
Com área de 14,9 mil metros quadrados, o complexo oferecerá atendimento 100% via SUS (Sistema Único de Saúde). Serão 250 leitos de urgência e emergência, 25 salas de diagnóstico, 10 salas de centro cirúrgico e uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Durante o evento, foi detalhado ainda que a manutenção de elevadores, jardim, ar-condicionado, segurança, dedetização e outros serviços custará aproximadamente R$ 20 milhões por ano à empresa administradora. Também serão investidos cerca de R$ 80 milhões em mobiliário.
Conforme estimativa da prefeitura, o Hospital Municipal fará por mês 1,5 mil internações, mil cirurgias, 2,5 mil pronto atendimentos, 13,5 mil consultas médicas e 13,5 mil exames de imagem.
“O processo licitatório começa nesta terça-feira (2). Será aberta uma licitação na modalidade concorrência. São 90 dias para entregar o projeto executivo para a nossa aprovação e 240 dias para entregar o hospital pronto. Nós, como 90% dos municípios do País, não temos recurso imediato para colocar. Então essa modalidade, que é o BTS, permite que comece a pagar a obra a partir da entrega”, explicou a secretária Municipal de Saúde, Rosana Leite.
A empresa fará a obra e colocará os equipamentos. Quando entregar a obra, a responsável ficará por 20 anos administrando a limpeza e a segurança, recebendo o aluguel da prefeitura. Modelos utilizados como referência são os hospitais de Curitiba (PR) e no estado de Rondônia, que já funcionam dessa maneira. “Vai ser 100% SUS. Será um hospital pronto e equipado. Um dos quesitos da concorrência será o menor preço do aluguel mensal, e com isso, o aluguel vai pagando a obra. O hospital está desde 2014 no Plano Municipal de Saúde”, afirmou Rosana.
Para Adriane Lopes, o lançamento da licitação tirou do papel um projeto que estava há 10 anos no plano municipal da saúde. “O projeto é visionário e tecnológico, tendo em vista que os atendimentos na rede pública precisam dessa remodelagem. Iremos ampliar o número de especialidades para atendimento, somando a rede de Campo Grande e desafogando as vagas existentes”, garantiu.
Presente no ato, a senadora Tereza Cristina afirmou que a construção irá “desafogar o problema de vagas de leitos” na Capital. “A prefeita olhou primeiro internamente para que agora nós pudéssemos ver todas essas entregas”, destacou ela.
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