O velório da publicitária Juliana Marins, de 37 anos, acontece nesta sexta-feira (4), no Cemitério e Crematório Parque da Colina, em Niterói, no Rio de Janeiro. Juliana morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão ativo na Indonésia, no mês passado.
A cerimônia teve início às 10h (horário de Brasília), da manhã e será aberta ao público até às 12h. A partir das 12h30, o acesso ao velório será restrito a amigos e familiares. A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro obteve na Justiça autorização para que o corpo da brasileira fosse cremado.
Juliana estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro e já havia passado por países como Filipinas, Tailândia e Vietnã antes de chegar à Indonésia. Durante uma trilha de três dias no Monte Rinjani, acompanhada de um guia local e outros cinco turistas, ela se afastou momentaneamente do grupo para descansar e acabou caindo de um penhasco.
A queda aconteceu em uma área íngreme próxima à cratera do vulcão. Juliana foi localizada apenas horas depois por outro grupo de turistas, com ajuda de um drone. No entanto, as equipes de resgate só conseguiram chegar até o corpo da brasileira quatro dias após o acidente, constatando o óbito. O resgate foi concluído na manhã seguinte e o corpo seguiu para a autópsia e traslado ao Brasil.
A família da vítima acusa as autoridades locais de negligência e afirma que, se o resgate tivesse ocorrido dentro do prazo de 7 horas inicialmente estimado, Juliana poderia ter sobrevivido. “Juliana merecia muito mais. Agora vamos lutar por Justiça”, declarou a família, em nota.
No Brasil, o corpo de Juliana chegou no início desta semana. Na quarta-feira (2), foi realizada uma nova autópsia para esclarecer possíveis dúvidas sobre o laudo emitido pela Embaixada do Brasil em Jacarta, que apontava “múltiplas fraturas e lesões internas” como causa da morte. O novo exame busca definir com precisão o momento exato do óbito. Segundo a defensora pública Taísa Bittencourt Leal Queiroz, o laudo preliminar deve ficar pronto em até sete dias.
A tragédia ganhou repercussão internacional e levou o governador da província de West Nusa Tenggara, Lalu Muhamad Iqbal, a reconhecer a falta de estrutura e pessoal qualificado para operações de resgate em áreas remotas e de difícil acesso, como o Monte Rinjani. Em carta aberta, ele lamentou a morte da brasileira e prometeu adotar medidas para melhorar a capacidade de resposta a situações semelhantes.
A comoção pela morte de Juliana mobilizou amigos, familiares e internautas, que acompanham o caso e exigem providências das autoridades brasileiras e indonésias para que tragédias como essa não se repitam.
Com informações do SBT News
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