O que chama atenção e é, sem dúvidas, o mais monstruoso na guerra entre Israel e Palestina é o chamado “desinteresse” dos radicais islâmicos em relação à vida humana. Sim, seus mortos são lamentados, mas em seguida vem o livro santo – Alcorão dos muçulmanos, em interpretação dos terroristas, dizendo algo como: – Não vos afligireis, a Jihad, a guerra santa, garante a vocês um paraíso absolutamente incrível. Quando um israelense morre, uma vida humana é perdida, e isso adentra nossos corações de forma a nos tornar “mais humanos”, empáticos, afinal uma vida é um todo de amor, realizações, sonhos, família.
Quando um palestino (digo dos radicais e terroristas, mas uma gama significativa entre a população deles) morre pela causa, é motivo de reverencia entre estes, uma morte na Jihad é um exemplo, de fé, amor por Alá, e motivo de glória pra este homem – mesmo que ele tenha explodido sem filho, por uma chantagem mau resolvida, dizendo matar o descendente, caso dinheiro não seja pago, por Israel, ou Estados Unidos etc.
Vemos cenas duma das primeiras inventivas do Hamas a uma festa Rave, um festival de música eletrônica, depois do ataque e da matança, carnificina filmada, os palestinos dançam, cantam, e atiram pro alto. Quando destroem um tanque israelense, a mesma coisa, eles dançam e cantam – como se estivessem embriagados, “mas não bebem”, como se estivessem “vencendo a guerra”, mas estão sendo dizimados. A vida não tem valia. E isso os brutaliza, suas loucuras podem por estes não estar sendo vivenciadas, afinal Alá os espera de braços abertos, num céu com virgens e prazeres absolutamente divinos, sem parâmetro. Deixar esta vida, uma vida de oração, sem a presença de milagres, sem arte (libertadora desde que foi iniciada) uma vida sem direitos – as mulheres principalmente – vida de repressão, de miséria, e o que mais nós ocidentais percebemos, o “ódio”, puro, constante, forte! Injustificado? Pela fé tem sentido, simbólico, transcendental, animal, metafísico. “A guerra contra os infiéis, podem nos levar a morte, a ruína, mas ao menos estamos matando, morrendo – dane-se – por uma razão superior (que ironia…)”. E sendo assim, dançaremos, mesmo se de nós “morram 10, se matarmos um Judeu liberal, nossa missão foi cumprida”.
Israel, terra, cultura e povo de progresso! Lideres em tecnologia, bélica, pensamento filosófico, detentores (os judeus) de mais da metade dos prêmios Nobel, Einstein, Freud, judeus… Não quero ademais desqualificar um povo, eu falo de exemplos singulares pra demonstrar, onde a diferença de direitos, intelectualidade, cultura (avançada) – o que quero expor, é que Israel também tem Deus, mas a diferença da forma que encaram isso, é longe da ignorância, duma fé que aliena, mata, reflete positivamente em favor do ódio, enquanto que uma população um povo que mantém suas tradições, pode ser evoluído, não matando Deus em seus corações, mas usando da mais sublime características de nós “seres homem” que é a Razão.
Capaz de intelectualização, sublimação de nossas perversões – guerra, ódio, fantasias, defeitos de caráter são coisas a serem reprimidas em nós, e pra isso vale todo conhecimento, característica que adquire uma pessoa por todo esforço e superação, que o levam sim “a um específico paraíso” – digo isso examinando, os criadores de cultura, expressões populares amistosas, feiras de ciência, institutos de preservação da vida, medicina, psicologia, matemática e física. Isso é o verdadeiro dom divino.
Porém uma massa de pessoas alienadas, ignorantes – e sim a ignorância é um pecado monstruoso nos dias de hoje – querem a morte, o prazer pela guerra, que os tiram do tédio e da sensação angustiante da verdade, de suas mediocridades, os impedem de viver a vida, sua religião despreza esta vida, onde se sentem inferiorizados, pois percebem que seus objetivos, enquanto civilização, não caminha pra uma resolução e progresso! Quando seus desejos, assim, Alá não os permite, esse mesmo deus que causou seus destinos, agora demonstrará sua ira! Matando os judeus? Não! Claro que não! Destruindo a eles próprios.
Pois o mundo desde que é mundo
Ama a natureza divina
E não um bando de terroristas, sem estratégia, sem futuro, que amaldiçoa, que nega a vida, que justifica a morte.
Sim.
O lado palestino (do qual me refiro e digo sobre os radicais da Jihad) negam suas naturezas humanas, reprimindo o que tem de bonito nas pessoas, percebendo a guerra e não a união como algo virtuoso, coisa dum povo corajoso, destemido… Percebo o contrário observando certa psicologia nestas massas: – Vejo incapacidade histórica de evoluir! Ademais, os israelenses também dançam. Enquanto o sistema antimíssil de seu território bloqueia os misseis do Hamas… Eles dançam abraçados! (Texto 2 de 3).
Por Rodrigo H. Maran, Filósofo e poeta.
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