O mundo sempre foi um palco de guerras, estas manifestações de força bélica, sujeição de cultura contra cultura, anseio de dominação, religião, propagação de fé, insanidade de lideres carismáticos.
Da cultura grega – destruída após lutas internas – lembro como algo particular o “Cavalo de Troia” em que soldados ficaram dentro, escondidos, para se infiltrar na cidade. A guerra do Peloponeso dizem que começou quando a mulher de Menelau – Helena – foi seduzida por Pares, um grande sedutor, e, por honra do seu comando, envaidecido, declarou guerra “pela esposa traidora”. Foi uma guerra por ela que se transformou numa luta sanguenta, tudo isso pela honra caprichosa, e machismo natural naqueles dias de patriarcado. Muitos morreram.
Sabe, meu caro leitor, a guerra de um povo o une, dá a ele identidade, história de coragem, um exército vigoroso, capacidade de exercer poder, ou então, de defender, suas crianças, idosos e mulheres. Hoje, as mulheres vão à guerra, mas este é outro assunto. Ouvi falar que o exército israelita é um dos que mais tem mulheres servindo ao exército, pois os radicais islâmicos, bem, eles não vão para o paraíso das ninfetas virgens se forem mortos “por uma mulher”. Não sei se é verdade, mas faz sentido.
E assim a história do Ocidente – falemos deste nosso mundo conhecido e televisionado, apreciado e estimado – nosso lado do planeta sempre participou de guerras dantescas. O exemplo mais sofrido, mais insano, foi a guerra da Alemanha contra os aliados, na Segunda Guerra Mundial.
Hoje em dia, os alemães só tem uma desculpa: – Foi uma insanidade de grupo!
Será como uma febre no povo inteiro? Coagidos por um ideal de domínio da cultura alemã, que se “mostrava” bem à frente dos outros países da Europa (observemos que todos os grandes filósofos e grande parte dos poetas eram alemães). Na crise econômica que assolava a Alemanha, Adolf Hitler, o ditador, o Führer, estimulou, incendiou com propaganda (o que era novidade) seu ódio aos judeus, aos ciganos, aos negros, enfim, a raça alemã iria reinar por mais de mil anos, era o Terceiro Reich.
A loucura chega a parecer a mim, um homem relativamente assombrado com “o que aconteceu naqueles dias” – que o experimento é um torpor, uma embriaguez, Sobre Hitler, o “Führer”, deixe eu explicar melhor. Führer, em alemão, tem um significado mais profundo do que líder, algo como Messias.
Sobre o ódio aos judeus, que eram o povo escolhido, anos antes da guerra, Nietzsche, um filósofo alemão, escreveu um livro intitulado “O Anticristo”. O símbolo da suástica era tão forte quanto o símbolo da cruz… Mas estes são devaneios meus. O que eu queria era falar do povo judeu – sempre perseguido. Depois da guerra, com os 10% de judeus que sobreviveram ao Holocausto, foi criado, no Oriente Médio, o Estado de Israel. A Terra Prometida tinha, finalmente, se cumprido. As profecias do Führer alemão, não. Não foram dizimados após seis anos de guerra.
Há pessoas que não sabem por que os judeus sempre foram e parecem continuar sendo perseguidos, já que eles são um povo inteligente, rico, protecionista. Isso gera ódio. Durante as guerras do começo do século passado, eles eram vistos como um câncer. Hoje, para os radicais islâmicos, o ódio se tornou tão comum, tão banal, assim como morrer e matar… Crianças, mulheres, não há distinção. A infame presença dos judeus seria varrida, caso um destes Estados Islâmicos tivesse uma bomba atômica, ou química, ou biológica. Graças a Deus, por enquanto, este povo extraordinário vai conseguir se manter…
De pé.
Por Rodrigo Hinz Maran, Filósofo e poeta.