Artigo: É preciso enlouquecer – Venha comigo…

Rodrigo H. Maran
Foto: Arquivo

Bom dia, senhoras e senhores. Escrevo este texto com mãos livres e mente do mesmo modo, para adentrar, pelas palavras, até seu sentido e compreensão. Quero fazer-me ouvido, por todos, pois todos juntos somos mais fortes e contar coisas que aprendi fazem de mim uma pessoa mais satisfeita, útil e importante.

Ser importante pra si mesmo, esse é o poder que gera mais poder. Um homem, sua sociedade, sua família, amigos – vejo bem a dificuldade, de transmitir pro mundo certa mensagem utilitária. No entanto saibam, e sei, que a grande maioria dos escritores, poetas e filósofos são julgados em suas atividades de “labor” como sendo “estas” inúteis e desnecessária.

Não creio nisso. Na arte de comunicar, expressar ideias, teorias, opiniões fazem dos que como eu sou uma ponte do desejo- -de-conhecer, pro conhecimento de fato. Analiso a mim e percebo: “um influenciador”.

Contextuo.

Por muitos anos andei perdido, eu era uma alma flagelada, uma mente doente, sem crenças que me salvassem, acreditava que eu era um ser no mundo de ampla inteligência, mas a cegueira me dominava. Eu estava perdido, numa realidade pantanosa, cheia de certezas (que são piores que as dúvidas) e acreditava piamente que seria um eterno doente, presidiário de regras, dogmas, meus sentimentos e preconceitos…

Eu usava uma linguagem própria, pra compreender um mundo, místico, de sinais, histórias profundas, fábulas confusas, metáforas insuficientes… – E minha fé não trazia-me redenção, eu estava crente de que era além de um pessimista, um niilista (que não desenvolve um sentido de vida…). A vida era dor, sono profundo, uma dificuldade para acordar pela manhã, mas certo dia, embriagado, orei a Deus pra que me salvasse e nisso chegou a moça que seria mãe dos meus filhos, e certo dia me vi, numa livraria, onde comprei livros além de minha capacidade de entendimento, mas quando os li vi e hoje sei, que minha paixão pela moça ainda me recompensava com o presente dum sonho antigo: – Eu poderia ler, e depois viria a escrever, e assim iria libertar- -me da ignorância, e teria uma vida nova, pela “boa nova” que chegava também junto com a filosofia – eu me tornaria um escritor.

Aprendi muitas coisas… – Um homem pode ser destruído, mas nunca poderá ser derrotado.

Ah se soubesse isso antes, se quando jovem soubesse que a “tudo que fazemos em vida repercute na eternidade”, que “não sou alegre nem triste – sou poeta”, que “nada se cria, nada se forma, tudo se transforma”, que “o que não me mata me fortalece”, e mais, Amor Fati (Amar nosso destino), “nunca se vence uma guerra lutando sozinho”, que “devo me tornar o que sou”, que “o instinto é a voz de Deus – vejam os animais que não pensam… mas sabem o que devem fazer…). Finalizando: – Pensar é resistir, “quem tem amor tem sorte”, “que tudo posso Naquele que me fortalece”, que Deus responde pra queles que “o invocam em verdade”, ou que a Verdade esta sempre engolindo a si mesma, com mais verdade, sem tornar o passado uma mentira, aprendi…

Aprendi que a vida é dor e sofrimento, mas com música, cinema, arte, podemos ser alegres por muitos momentos e assim em comunhão salvarmo-nos uns aos outros… Aprendi que é preciso enlouquecer, só assim a gente reanalisa nossa vida e como a maioria não se mata em crises, podemos crescer, nos desenvolver, agregar, compartilhar, engrandecer, agradecer, fazer…

As coisas no nosso jeito? Assim queremos, assim um Deus de amor, diz “ok” – e finaliza, “seja apenas bondoso”.

Li recentemente: – Jamais desaponte seu anjo!

Todos nós temos, dentro da gente, um anjo, uma entidade celestial, seja o que for, só não decepcione seu anjo…

É preciso enlouquecer.

As rebeliões, guerras, silêncio, dor, psíquica, física, certamente, NOS FARÃO REVIVER. Mais sábios, senhores.

Mais sábios.

Por Rodrigo H. Maran.

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