Solidariedade está no sangue: Jovem com leucemia precisa de doações

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

Jovem com leucemia precisa de doações de sangue de todos os tipos! Tallita Knebel tem 27 anos e descobriu a doença há um mês

A jovem Tallita Knebel tem apenas 27 anos, mas já enfrenta uma batalha gigante pela própria vida: há algumas semanas, em meados de outubro, descobriu que está com leucemia do tipo LLA (leucemia linfoblástica aguda), doença que afeta o sistema imunológico. Ela chegou a ficar internada por três semanas no Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande, e, durante esse período, precisou de oito bolsas de sangue e algumas de plaquetas, pois seu organismo não as estava produzindo adequadamente.

Por isso, Tallita, que tem o tipo sanguíneo AB+ (é receptora universal), e sua família têm pedido, nas redes sociais, ajuda para doação de sangue, pois o banco de sangue da Capital, infelizmente e – mais uma vez – está com baixo volume de doações. “Infelizmente, o banco está com baixo volume, e eu estou fazendo transfusão sempre. Não somente eu preciso, vários outros pacientes aqui fazem transfusões quase diárias”, explica a jovem que, quando falou com o jornal O Estado, ainda estava internada.

Ela ainda comenta que não tem uma data estipulada para receber doações. “Não tenho data-limite [para as doações]. Passei pelo primeiro ciclo de quimioterapia agora e estou me recuperando para poder, talvez, ter alta e esperar o próximo ciclo [em casa]. Pacientes com leucemia sempre precisam de plaquetas e hemácias, pois nossos exames descompensam muito rápido. Meu tipo é AB+, sou receptora universal, então, qualquer pessoa pode doar”, explica a jovem.

Tallita conta ao jornal O Estado que é técnica de Enfermagem por formação, mas não atuava na área em razão de outros problemas de saúde, e acabou indo para outro ramo. “Eu acabei indo para as mídias sociais, estava trabalhando em uma loja de decoração de luxo, e eu tinha uma vida supernormal: mãe solteira, trabalhava o dia inteiro, nada de extraordinário, era bem tranquilo mesmo”, relembra.

Descobrindo a doença 

Cuiabana, Tallita mora em Campo Grande há quase 12 anos, é separada, tem uma filha de 8 anos de idade e mora com a família: pais, avó e irmãs. Ela conta que descobriu a doença “por brincadeira”. “Eu só descobri a leucemia, na verdade, porque num fim de semana, brincando em casa, uma amiga minha, que é enfermeira, viu hematomas na minha perna e a gente fez o chamado teste do laço, porque eu achava que era dengue. Fizemos esse teste e deu ‘meio que’ positivo, então sugeria que seria alguma coisa com dengue. Só que no momento eu não fui procurar atendimento médico, não estava me sentindo mal, nem nada assim, só tinha os hematomas nas pernas.”

Isso foi num sábado e, passado o fim de semana, veio a “semana do saco cheio”, que compreende os feriados de 11 e 12 de outubro (divisão do Estado e Dia da Padroeira do Brasil, respectivamente). “Na terça-feira, eu já não conseguia sair da cama, comecei a ficar muito mal, na quarta-feira também não saí da cama. Na quinta-feira, eu tinha prova do Detran, de carro, e fui fazê-la passando mal. Ao fim da prova eu desmaiei e meu instrutor me levou ao posto de saúde.”

Por morar a apenas dois quarteirões da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, Tallita foi orientada pela médica a ir para casa e retornar no dia seguinte para pegar os resultados dos exames. “Eu fui para a UPA. A enfermeira me chamou para a triagem e, ao ver os resultados dos meus exames, ela já falou ‘vê o que você vai fazer, porque a médica já falou que você vai internar’. Meus pais não estavam em Campo Grande, eu liguei para o meu pai e falei que seria internada, que não sabia o que estava acontecendo e que suspeitava de dengue.”

Naquela madrugada, os pais de Tallita retornaram a Campo Grande e, nesse mesmo dia, ela recebeu a notícia de que não era dengue e que seriam feitos vários exames para descobrir o que a jovem tinha. “Fiz exames para várias coisas, acho que em menos de sete dias veio a confirmação de que era leucemia.”

Ela conta que o que sentia de diferente eram as excessivas dores nas pernas, de cabeça, mas sempre associou os sintomas à falta de exercícios físicos. “Eu saía de manhã, voltava de noite, tinha minha filha, tinha uma rotina, então eu sempre associei ao sedentarismo.Sinceramente, quando a médica perguntou se existia suspeitas de câncer na família, eu já ‘gelei’”, conta Tallita. “Porque 27 anos – vou completar 28 agora, no dia 15 –, uma filha de 8 anos… a gente não quer receber essa notícia. Demorou para ‘cair a ficha’, mas agora eu tô firme e forte no meu tratamento, para eu me recuperar, para voltar para minha filha”, finaliza a jovem mãe.

Tallita recebeu alta temporariamente do hospital, mas deve voltar em alguns dias para mais um ciclo de quimioterapia. As doações agora são importantes, para garantir plena recuperação não apenas a Tallita e também aos outros pacientes que estão na mesma situação que ela.

Ajuda

Se você pode ajudar, procure o Hemosul e informe o nome Tallita Knebel no ato da doação. Mais informações sobre a situação dela podem ser obtidas com a Débora Knebel, mãe dela, no (67) 98110-8281.

Por Méri Oliveira – Jornal O Estado de MS.

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