Pantanal Film abre cadastro para levantamento de cineclubes de Mato Grosso do Sul

Foto: Amanda Ferreira
Foto: Amanda Ferreira

O objetivo é mapear ações e coletivos do audiovisual do interior e da Capital

A Pantanal Film, entidade pública do tipo ‘film commission’ criada para promover o audiovisual regional e atrair produções de outras regiões para filmar em Mato Grosso do Sul, abriu formulários de cadastros para cineclubes de todo Estado. O objetivo é mapear ações e coletivos do audiovisual do interior e da Capital.

Para fazer o cadastro, basta preencher o formulário, não é necessário nenhum login específico, apenas deixar os contatos e responder o questionário sobre o cineclube. Os dados serão disponibilizados para um levantamento sobre os cineclubes por todo estado, algo que servirá para o planejamento de ações futuras da Pantanal Film com os coletivos.

Na capital, vários cineclubes se reúnem no Museu da Imagem e do Som de Mato Grosso do Sul. Para o diretor do espaço, Márcio Veiga, “a atuação dos cineclubes reforça o papel de difusão e democratização da produção audiovisual no estado de Mato Grosso do Sul, que vem se despontando como um importante polo produtor.” O gestor ainda pontua que “o fomento a iniciativas como os cineclubes fazem com que mais pessoas tenham acesso e despertem para o interesse de produzir e consumir o cinema local, reforçando o debate estético, político e o papel social, cultural e econômico do audiovisual.”

Um dos exemplos de cineclubes do Estado é ‘A Boca Filmes’, liderado por Felipe Feitosa, Aram Amorim e João Gabriel Pelosi. Para Feitosa, o cineclube vai além de simples exibições de filmes, buscando democratizar o acesso à sétima arte e criar um espaço cultural diversificado.

Os cineclubes desempenham um papel fundamental na democratização do acesso ao cinema, oferecendo uma alternativa acessível e livre de interesses comerciais. Além disso, proporcionam atividades educativas, promovendo debates e ampliando o conhecimento cinematográfico dos participantes.

“O cineclube é uma forma de acesso gratuito e democrático ao cinema, para além disso, não possui uma finalidade comercial. Também é uma atividade que possui um fim educacional. Cineclubes precisam ter um mediador que apresenta o filme para o público e conduz um debate após o fim da sessão. Dessa forma, as pessoas que acessam esses aparelhos culturais passam a participar de atividades formativas”, enfatiza o cineasta.

De Campo Grande, outro cineclube de destaque é o Transcine, coletivo que traz para as ruas de bairros vulneráveis um pouco da sétima arte. “O diferencial dos cines clubes é de exibir produções locais e filmes fora do eixo comercial. Além de proporcionar acesso gratuito ao cinema, o cineclube promove a discussão sobre a produção cinematográfica e seu reflexo na cultura”, destacou o responsável Fábio Siqueira.

O cadastro de cineclubes se junta ao catálogo de produtoras, profissionais e estudantes do audiovisual sul-mato-grossense. A intenção é fortalecer o banco de dados da Pantanal Film para consulta para projetos e planejamento de ações futuras. A expectativa é de que em breve todas as informações coletadas para divulgação estejam disponíveis no site da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

 

Mas, o que é um cineclube?

Conforme o Instituto do Cinema, “os cineclubes são espaços democráticos, educativos, políticos, sem fins lucrativos, que contribuem na formação de público, porque não só estimulam as pessoas a assistirem a obras audiovisuais, como também promovem rodas de discussões. As obras exibidas ainda colocam o espectador em contato com diferentes cinematografias, narrativas, estéticas e culturas. Os participantes têm a liberdade para escolherem o que será exibido, a seleção costuma ser conforme a temática”.

No Brasil o primeiro cineclube nasceu em 1928, na cidade do Rio de Janeiro e chamava-se Chaplin Club no Rio de Janeiro. Entre os objetivos de um cineclube estão a reflexão sobre a linguagem do cinema, possibilitar a experiência do cinema como objeto educacional, estimular o pensamento crítico, viabilizar ações de intercambio entre realizadores de clubes, pesquisadores, críticos e apaixonados pelo cinema.

Serviços: Para saber mais sobre as ações da Pantanal Film, acompanhe as notícias no site e nas redes da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul.

Por Carolina Rampi e Amanda Ferreira

 

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