Músico curitibano “encarna” Freddie Mercury amanhã no Glauce Rocha

Foto: Adriano Arantos/Jornal O Estado
Foto: Adriano Arantos/Jornal O Estado
Show será uma homenagem à banda britânica Queen e ao rock, gênero musical comemorado em julho
Por Méri Oliveira – Jornal O Estado

Julho é considerado o mês do rock e, em homenagem a esse gênero musical, o Sesc- -MS e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) realizam amanhã (23), às 18h30, no Teatro Glauce Rocha, o espetáculo “Queen ao Piano”, com Bruno Hrabovsky, em um show de duas horas de duração, em homenagem à banda. O programa segue em ordem cronológica a trajetória do grupo, apresentando músicas com sonoridades diferentes e, pelo menos, uma composição de cada um dos quatro integrantes.

O responsável por esse projeto é Bruno Hrabovsky, músico curitibano que estuda piano erudito desde os 6 anos de idade, nunca tendo deixado de tocar. Sempre apreciou muito as obras clássicas, porém, ao desenvolver uma grande facilidade para tirar músicas de ouvido, aos poucos passou a dar mais espaço para interpretações próprias de seus gêneros musicais preferidos, principalmente o rock e o metal.

“Estou muito feliz de finalmente chegar a Campo Grande, e também muito empolgado com a oportunidade de já estrear em um grande palco. O concerto – viabilizado pelo Sesc – a princípio aconteceria em um espaço deles, bem menor, mas, ao verem quão grande seria a procura, acabaram alterando sua realização para o grande Glauce Rocha. Fico honrado pelo prestígio e conto com (a possibilidade de) fazer um grande show de estreia na cidade e no Estado”, afirma Bruno, já empolgado.

Bruno quer mostrar mais do que os maiores sucessos do Queen. “O show é, acima de tudo, uma grande homenagem ao Queen, trazendo sua história e buscando ir além dos grandes clássicos conhecidos de todo mundo, pois a banda é muito mais do que isso. Além disso, cabe pontuar as características do Rock ao Piano como um todo, que é um projeto que visa mostrar até que ponto esses dois universos podem ter em comum.”

O pianista explica que o show, além de ser uma homenagem à banda britânica, é também uma oportunidade de unir públicos distintos. “Minha intenção é criar os arranjos mais próximos possíveis das músicas originais usando apenas o piano, em um formato de concerto mesmo, sem efeitos ou quaisquer outros artifícios. É um formato que visa aproximar dois públicos que às vezes podem parecer destoantes, mas na verdade não são: os roqueiros com os apreciadores de concertos eruditos.”

O início de tudo

Bruno estuda piano desde os 6 anos de idade e, pelo menos desde os 15, já começou a criar arranjos de rock. “Ao perceber que, com minha facilidade auditiva, conseguia tocar aquilo que sempre mais gostei de ouvir. Recém- -formado, arrisquei fazer uns concertos, a princípio sem grandes pretensões, enquanto aguardava abrir um concurso da Petrobras, pois minha intenção como geólogo era trabalhar embarcado. Porém, os concertos deram muito mais certo do que eu imaginava, sobretudo quando arrisquei levá-los também a outras cidades. Nisso, decidi abraçar a música como profissão, e assim sigo e pretendo pra sempre seguir. Nunca cheguei a realmente trabalhar com geologia”, explica.

A aposta na música aconteceu no ano de 2013, e seus projetos de rock ganharam a estrada em 2014, e atualmente os concertos já passaram por 94 cidades de 11 estados do país, além de um show realizado na Nova Zelândia. Campo Grande receberá o 101º show de forma geral, mas será o 100º realizado no Brasil, em um local que promete ter uma das maiores plateias que o projeto já viu: o Teatro Glauce Rocha.

Projetos anteriores

“Queen ao Piano” não é o primeiro projeto de Hrabovsky relacionado ao rock: o músico já se apresentou em mais de 90 cidades com o projeto “Rock ao Piano” e lotou teatros Brasil afora com o especial “Pink Floyd ao Piano”.

Nova Zelândia

Bruno já havia feito várias tentativas de tocar fora do Brasil, tanto em países vizinhos quanto ao aproveitar a oportunidade de viajar a turismo, principalmente na Europa, já que tem muitos familiares na Espanha, mas acabou nunca dando certo.

Entretanto, em 2018, no fim do ano, durante uma viagem à Nova Zelândia, em visita a uma ex-namorada que morava naquele país, mais uma vez, a vontade de tocar fora foi novamente acesa no pianista, que tentou – porém sem sucesso – uma oportunidade em vários espaços para se apresentar.

Mas a ajuda da então namorada foi primordial: “Ela conseguiu agendar um concerto no teatro de uma escola de música da cidade onde estava morando, e esta segue sendo minha única apresentação internacional. O show foi pequeno, mas um grande marco pra mim. A música é universal, então sinto a recepção a ele muito similar à que tenho em todos meus shows por aqui. Sempre falo muito nos meus concertos, e, ainda que me vire bem no inglês, fiquei, sim, um pouco nervoso pra falar a verdade, mas acho que me saí bem”, relembra o músico.

Futuro

Hrabovsky conta que, para 2022, embora já esteja com a agenda cheia, ainda pretende marcar alguns novos shows. “Mas já quase não tem mais espaço pra novas cidades. Em 2023 meu grande foco estará voltado para o grande concerto que farei em Curitiba no dia 13 de junho, precisamente dez anos depois do show que considero o marco de nascimento do meu projeto. Neste dia, farei um concerto junto a uma orquestra no grande Teatro Guaíra, o mais nobre e importante teatro paranaense e um dos maiores do país”, adianta Bruno.

Serviço

“Queen ao Piano” será apresentado amanhã (23), no Teatro Glauce Rocha, na UFMS, às 18h30, e os ingressos serão entregues uma hora antes do evento na bilheteria do teatro.

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