Lançamento de ‘Zelda: Tears of the Kingdom’ dá fôlego final ao console Nintendo Switch

Zelda
Foto: Divulgação

“The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom”, lançado na última sexta-feira (12), chega para dar um último suspiro ao Nintendo Switch, console que entrou em seu sétimo ano de vida, em março. É um evento incontornável no mundo dos videogames um lançamento como esse, de uma das maiores franquias do setor. A Nintendo aproveita dessa força, rara em um mercado cheio de fenômenos efêmeros – e divergências entre público e crítica – para estender a vida útil de um de seus consoles mais bem-sucedidos. Os últimos jogos da franquia, sem contar remakes e remasterizações, foram “Breath of the Wild” (2017), “Skyward Sword” (2011) e “Twilight Princess” (2006).

O intervalo entre eles se aproxima da própria vida útil dos consoles para os quais foram lançados. “Twilight Princess” concluiu a vida comercial do GameCube e deu um impulso ao lançamento do Wii. “Skyward Sword” saiu um ano antes do lançamento do Wii U. “Breath of the Wild” marcou o fim da era do Wii U e o início da era Switch.

O aparelho mais novo seguiu a tendência do mercado de videogames durante a pandemia e viu suas vendas crescerem. No período entre 2020 e 2021, chegaram a 28,8 milhões, seguidas de uma queda para 23 milhões, no regime seguinte (2021 a 2022).

Vendas

O Switch ainda se tornou, em 2022, o segundo mais vendido da história da Nintendo, o que não é pouca coisa.

No último ano fiscal (de maio de 2022 a abril de 2023), o Switch vendeu 17,9 milhões de unidades. A Nintendo projeta ainda vender mais 15 milhões de unidades do produto até o final de março de 2024, uma queda anual de 17%, no que seria o terceiro ano consecutivo de desaceleração.

A empresa reconhece a queda da demanda, agora no sétimo ano de vida do dispositivo, mesmo após a redução dos gargalos nas cadeias de suprimentos globais e o lançamento de “Tears of the Kingdom”. Apesar disso, demonstra um otimismo, após atingir a marca de 100 milhões de jogadores.

O dado consta no relatório fiscal da empresa, divulgado na última terça-feira (9). O lucro operacional caiu 15%, em relação ao ano anterior, para 504,38 bilhões de ienes (US$ 3,73 bilhões, R$ 18,3 bilhões) no período encerrado em março. A companhia prevê que o lucro cairá mais 11%, para 450 bilhões de ienes (US$ 3,32 bilhões), no atual ano fiscal.

“Zelda”, contudo, não será o último jogo grande que o Switch vai receber. “Pikmin 4”, por exemplo, será lançado em 21 de julho.

Acompanhando “Tears of the Kingdom”, a empresa ainda lança edições temáticas da versão OLED do console e do Controle Pro (R$ 2.999 e R$ 429, no Brasil). E, apesar do sucesso de bilheteria de “Super Mario Bros.”, ainda não há sinal de novos jogos do encanador.

“O filme aumenta o interesse nos jogos do Mario e tem um efeito positivo nas vendas do videogame e dos jogos de Nintendo Switch, a médio e longo prazo. Na verdade, já estamos vendo uma variedade de efeitos positivos”, disse Shuntaro Furukawa, presidente- -executivo da Nintendo.

Com a desaceleração consecutiva das vendas, a atenção começa a se voltar para um potencial sucessor do Switch.

Em artigo para o site Gameindustry.biz, o pesquisador Rob Fahey diz que o cenário indica que a vida do dispositivo está perto de acabar, apesar do otimismo da Nintendo.

“Acho que as chances são boas de que a Nintendo tenha um novo hardware para anunciar, ainda este ano, e a empresa evitou cuidadosamente mencioná-lo até agora, precisamente porque não quer prejudicar o lançamento de ‘Tears of the Kingdom’, que pode ganhar uma versão atualizada como título de lançamento para o novo sistema”, disse.

“Uma atualização direta para o Switch – mais poderoso talvez com alguns ajustes de design – é a opção segura que a maioria das pessoas espera e deseja, mas a Nintendo sempre foi mais forte quando ofereceu algo que as pessoas nem imaginavam que queriam”.

Para Serkan Toto, fundador da consultoria japonesa Kantan Games, a desaceleração das vendas do Switch ainda não é suficiente para dar lugar a um console novo. “O lançamento pode ser descartado, neste ano fiscal”, disse.

Por Gustavo Soares.

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