Instituto Tamanduá chega a Campo Grande com nova sede e trazendo arte, cultura e educação

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

O Instituto de Pesquisa e Conservação de Tamanduás no Brasil, uma Organização Não Governamental fundada em 2005 pela médica veterinária Flávia Miranda, está expandindo seu trabalho para Campo Grande. O orgão que já possuía uma sede em Aquidauana, terá sua inauguração na capital nesta sexta-feira com diversas ações culturais no evento.

A cerimônia será conduzida pela jornalista Claudia Gaigher. Os artistas Pedro Morato e Curumex estarão presentes, grafitando espécies de xenarthras nos muros da nova instalação do Instituto. O lançamento do espaço, terá também a apresentação do cantor e compositor Guga Borba na voz e violão.

Além disso, terá uma feira cultural, onde se pode conhecer mais sobre a diversidade da fauna e flora
da região, onde Os artesãos da aldeia urbana Marçal de Souza estarão expondo seus trabalhos.

O evento terá também atividades educativas sobre como cada um pode contribuir para a conservação do meio ambiente. O Capivas Cervejaria estará servindo o local com a cerveja artesanal mais famosa de Campo Grande. O ambiente contará com Food truck para a celebração do evento.

Em entrevista ao jornal O Estado, Flávia Miranda, fala sobre o lançamento da nova sede e suas expectativas para a inauguração.

Flávia Miranda, fundadora do Instituto Tamanduá – Foto: Arquivo Pessoal

“Estamos agora trabalhando para abrir o espaço para uma feira de artesanato, entre outras atividades, voltadas para a educação ambiental. Então, estamos começando com um lançamento, reunindo as pessoas para tomar um chope e comemorar este dia em que chegamos a Campo Grande.”

Médica veterinária, fundadora e presidente do Instituto Tamanduá, professora e doutora ,Flavia é referência mundial na conservação dos xenarthras (tamanduás, preguiças e tatus).

Ao longo de sua carreira, ela desempenhou um papel fundamental na proteção dosxenartros, contribuindo para diversos programas e projetos de conservação em âmbito global. Sua atuação foi marcada por importantes iniciativas realizadas pelo Instituto Tamanduá

Além disso, foi líder em um grupo dedicado à Avaliação de Espécies Ameaçadas/Táxon Xenarthra pelo ICMBIO/MMA e coordenou o Plano de Ação (PAN) para Conservação do Tatu-bola, em colaboração com o Ministério do Meio Ambiente. Participou também da criação do Parque Estadual do Cânion do Poti.

Seu trabalho resultou na descoberta de seis espécies detamanduás, bem como de uma nova espécie de preguiça-de-coleira e de um subfóssil de tamanduá. A fundadora explica também a história do Instituo Tamanduá, querendo explorar as questões culturais do órgão.

“Atualmente, temos quatro bases: Bahia, Maranhão, Piauí. Estamos agora vindos para cá, para Campo Grande. A ideia é lançar nossa sede administrativa, nossa base. Como temos um espaço, queremos que essa base seja não apenas ambiental, mas também cultural.” destaca.

A novidade representa um marco significativo para a organização, que busca impactar o mundo de forma íntegra e inovadora por meio de ações de pesquisa, educação e políticas públicas, visando o equilíbrio do meio ambiente e sua biodiversidade.

A nova sede do Instituto Tamanduá, abrigará escritórios administrativos, laboratórios e um amplo espaço ao ar livre que será utilizado para eventos e atividades educacionais.

“Neste novo espaço, teremos os escritórios, todaa base, laboratório, e atrás, temos esse espaço que é como um campo de futebol. Onde realizaremos eventos, receberemos escolas e palestras”, explicou Flávia.

A inauguração da sede em Campo Grande reflete a estratégia de expansão da organização para estar mais próxima das suas bases de operações. Desde 2006, o Instituto Tamanduá tem desenvolvido projetos de conservação no Pantanal, em colaboração com o Governo de MS.

O Instituto Tamanduá realiza projetos essenciais, como o “Orfãos do Fogo”, criado após os incêndios no Pantanal de 2020. Este projeto visa tratar e reabilitar animais feridos, especialmente os filhotes, para poderem retornar à natureza e viver plenamente em seu habitat natural.

“Vir para Campo Grande é um momento importante para nós”, afirmou Flavia. “Estamos colaborando intensamente com o Governo de Mato Grosso do Sul para reintroduzir os animais órfãos do Pantanal, que chegam ao CRAS ainda filhotes.”

Além de suas atividades de pesquisa e conservação, o Instituto Tamanduá também se destaca por sua atuação na esfera das políticas públicas. “A inauguração da nossa sede em Campo Grande marca mais um passo em nossa missão de conservar e proteger as espécies de tamanduás e seus habitats”, concluiu Flavia Miranda.

Serviço

Quintal do Tamanduá, dia 22/03, sexta-feira, às 19h, na Rua Ceci, nº 45 – Centro.

 

Por Amanda Ferreira 

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