Festival CineSur exibirá diversidade do cinema sul-americano no Interior do Estado

Foto: Eduardo Medeiros
Foto: Eduardo Medeiros

Com filmes de nove países, evento transforma Bonito em ponto de encontro cultural e ambiental

Entre os dias 25 de julho e 2 de agosto, Bonito recebe a terceira edição do Festival CineSur, que celebra o cinema sul-americano com uma seleção de filmes que vão do drama social à experimentação visual. Com títulos de nove países do continente, além de coproduções internacionais, o festival traz um espaço de intercâmbio entre diferentes olhares da América do Sul, tudo isso a cerca de 259 quilômetros de Campo Grande, em uma cidade que ainda não tem salas de cinema.

As exibições acontecem em dois auditórios adaptados para projeções cinematográficas, com capacidade para 260 pessoas cada. A programação inclui longas e curtas de países como Brasil, Argentina, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador, Chile, Uruguai e Venezuela, com destaque para obras que discutem questões sociais e ambientais.

Entre os filmes em cartaz está Brasiliana – O Musical Negro Que Apresentou O Brasil Ao Mundo, documentário de Joel Zito Araújo que resgata a memória de um espetáculo brasileiro apagado da história oficial. Também integram a mostra obras como Chuzalongo (Equador), Quinografia (Argentina), Redención (Peru) e Oro Amargo, coprodução entre Chile, Uruguai e Alemanha.

Cinema e meio ambiente caminham juntos

Um dos pilares do CineSur é a mostra ambiental, que reúne filmes dedicados a refletir sobre os desafios da preservação ambiental. A escolha de Bonito como sede não é à toa: o município é conhecido pelo ecoturismo e pela defesa de práticas sustentáveis. Dentro desse eixo, serão exibidos títulos como Karuara: o Povo do Rio (Peru), Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta e Sinfonia da Sobrevivência (Brasil).

O festival também dá espaço ao cinema produzido em Mato Grosso do Sul. Este ano, seis filmes locais integram a programação: A Última Porteira, Eleonora, Enigmas no Rolê, Jardim de Pedra – Vida e Morte de Glauce Rocha, Koi e o Rio e Tempestade Ocre. Algumas dessas produções surgiram de oficinas audiovisuais oferecidas a estudantes e moradores do Estado.

Pegadas na memória

Uma das novidades da edição é a criação da “Calçada da Fama” em versão sul-americana: uma placa com nomes de animais do Pantanal ao lado das palmas das mãos de artistas homenageados. A proposta é reforçar a relação entre arte e natureza. A primeira a deixar sua marca será a atriz paraguaia Ana Brun, premiada no Festival de Berlim, que terá sua mão colocada ao lado da pata de uma onça-pintada.

Além das sessões de cinema, o CineSur promove debates, oficinas, programas educativos e ações de compensação de carbono. Todas as atividades são gratuitas, em espaços públicos e acessíveis.

Para mais detalhes sobre a programação, filmes e atividades paralelas, acesse o site oficial do festival.

 

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