Exposição apresenta cultura indígena

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A Câmara Municipal de Campo Grande sedia, nesta quinta-feira (2), a Exposição “Mulheres Indígenas na Cidade”, como parte da programação organizada pela Procuradoria Especial da Mulher da Casa de Leis, neste mês de março, em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher. Para as mulheres das etnias Kadiweu, Terena e Guató, é uma oportunidade de mostrar seus trabalhos e também suas culturas para a comunidade.

A artesã Catarina Ramos da Silva, mais conhecida como Catarina Guató, trouxe bolsas, mochilas, acessórios, descanso de panela, entre outros objetos feitos com o aguapé, planta aquática bastante encontrada no Pantanal. Ela tem 74 anos e aprendeu a técnica com sua sogra, ainda em 1974. Hoje repassa o conhecimento para outras mulheres. “O artesanato do aguapé me ajudou no sustento dos filhos e eu gosto muito de fazer. Quero continuar até quanto Deus permitir”, disse Catarina.

Catarina Guató mora em Corumbá, mas vem a Campo Grande sempre que tem oportunidades de apresentar seu artesanato. Ela conta, com detalhes, todo o processo do seu trabalho: desde coletar o aguapé no Rio Paraguai até trançar as fibras que irão se transformar em chapéus ou bolsas. Os produtos custam de R$ 5 até R$ 250, dependendo do tamanho, e todo o processo é feito artesanalmente. Quem quiser conhecer mais do trabalho de Catarina pode entrar em contato pelo 996986764.

Também está na Câmara a indígena terena Azenati Souza, 23 anos, da Aldeia Urbana Marçal de Souza. Por meio de um curso feito há três anos, ela aprendeu a técnica para transformar elementos da natureza, como sementes ou penas, em brincos e colares. “Levo meu artesanato e minha cultura onde vou. As peças são feitas com sementes e se a pessoa não quiser mais pode devolver à natureza, que não vai causar nenhum dano”, explica. Ela participa sempre de feiras e quem tiver interesse nas peças pode entrar em contato pelo 991754506.

Indígena Kadiweu, a artesã Luana Aquino aprendeu ainda criança, com sua avó, a confeccionar peças em cerâmica. Há 9 anos, trabalha expondo seus produtos e já levou o conhecimento para sua filha. “Na nossa cultura, aprendemos as cerâmicas desde criança. É o sustento das nossas famílias, mas também a oportunidade de levar nossa cultura”, disse Luana, que reside em Porto Murtinho. Quem quiser conhecer mais do trabalho de Luana pode entrar em contato pelo 996454506. Também estão expostas camisetas, colares e cerâmicas de Edilene Marques e Benilda Vergilio, da etnia Kadiweu. A exposição segue hoje até às 15 horas no hall de acesso aos gabinetes da Câmara Municipal, localizada na Avenida Ricardo Brandão, 1600, Jatiuca Park.

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