Enxaqueca x Alimentação: Especialista explica quais alimentos e bebidas contribuem para que as crises apareçam

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Por Bruna Marques – Jornal O Estado MS

Uma crise de enxaqueca pode ser desencadeada por diversos fatores, entre eles a alimentação. Por isso é importante conhecer os alimentos que contribuem para o aparecimento dos sintomas da doença e outros que auxiliam na prevenção da crise.

A nutricionista e professora do Curso de Nutrição da Uniderp Luiza Camargo destaca que a alimentação é um fator que pode amenizar ou contribuir para o avanço dos sintomas. A escolha dos alimentos influencia na reação do organismo principalmente quando há registro de doenças inflamatórias e neurológicas.

“É preciso observar se há ingestão de componentes alimentar que podem trazer prejuízos para essa pessoa, como os indivíduos diagnosticados com intolerância a glúten ou lactose, por exemplo. É por isso que o tratamento é sempre individualizado. O histórico familiar, hábitos diários, junto aos resultados de exames específicos, vão direcionar o caminho para aliviar o peso de conviver com a dor de cabeça”, esclarece.

O café, por exemplo, consumido de forma moderada, é saudável, mas, em uma crise de enxaqueca, pode piorar a dor em organismos mais sensíveis aos nutrientes. Luiza também enfatiza que estresse, tabagismo, exposição a ruídos e luzes intensas, mudanças climáticas, bebidas e alimentos são alguns dos fatores que desencadeiam a enxaqueca e é preciso amenizar ou, em alguns casos, eliminar da rotina.

Entre as bebidas que mais ocasionam dor estão o vinho tinto, a aguardente e a cerveja. No grupo dos alimentos estão os queijos maturados, carne de porco, chocolate, derivados do leite e até mesmo as frutas cítricas, porque contêm aminas vasoativas: octopamina, fenilalanima e tiramina. Os aditivos alimentares que ativam a enxaqueca são o aspartame, o glutamato monossódico e o nitrato de sódio e diversos corantes.

A ingestão de alimentos enlatados e em conserva é um gatilho para a migrânea. Ainda são desconhecidas as causas exatas da enxaqueca, contudo sabe-se que existem gatilhos para ativá-la. “De forma geral é indicado uma alimentação balanceada com grãos, carboidrato, cereais, boas fontes de proteína, leguminosas e verduras de formas variadas. As frutas e verduras têm atuação importante na prevenção, não só de doenças inflamatórios, mas de ouras doenças neurológicas, como a própria enxaqueca”, conta a nutricionista.

Tipos de Dor de Cabeça – Existem mais de 150 tipos de dor de cabeça, sendo a enxaqueca (migrânea) uma delas e a mais prevalente na sociedade mundial. Trata-se de uma doença neurovascular, causada por desequilíbrio químico no sistema nervoso central.

Caracteriza-se como dor latejante em apenas um dos lados da cabeça, cuja frequência varia desde episódios bem espaçados a várias vezes ao mês, com crises que duram até 72 horas. Ainda há um tipo de migrânea que não causa dor, sendo suas principais características vertigem, tontura e desequilíbrio. A enxaqueca possui quatro principais fases: pródromo (premonitória), aura, crise, pósdromo, respectivamente nesta ordem, mas nem sempre as pessoas passam por todas elas.

A doença separa-se em dois subtipos: sem aura (75% dos casos) e com aura (25%). A enxaqueca sem aura é a dor unilateral, com intensidade moderada ou grave, podendo aumentar com atividade física de rotina. A aura é um aviso fisiológico que acomete a visão ou outros sentidos. Já os sintomas neurológicos da doença surgem unicamente em um lado do corpo ou do campo visual, e podem acometer a fala, ser sensoriais ou motores. O indivíduo sente náuseas, fotofobia (intolerância à luz), desconforto a sons e odores fortes, além de ter transtornos gástricos.

 

Leia a edição impressa do Jornal o Estado MS e faça sua assinatura aqui

Confira as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *