Dira Paes abrilhanta cerimônia de abertuda do Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano

Com seleção diversificada de títulos, o evento é gratuito e acontece até 11 de novembro.|Foto:Fotos: Diego Cardoso
Com seleção diversificada de títulos, o evento é gratuito e acontece até 11 de novembro.|Foto:Fotos: Diego Cardoso

Na noite deste último sábado, aconteceu a cerimônia de abertura da primeira edição do Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano com a apresentação da atriz Dira Paes no palco do Auditório Kadiwéu, no Centro de Convenções de Bonito. Com sala lotada, “Alma do Brasil”, média-metragem de 1932 com direção de Líbero Luxardo, teve projeção acompanhada pela Orquestra Prelúdio, sob regência do maestro Eduardo Martinelli.

Além do Diretor Geral do Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano Nilson Rodrigues, estiveram presentes no evento o Diretor de Cultura Lelo Marchi (representando o Prefeito de Bonito Josmail Rodrigues), o deputado Vander Loubet (responsável pela emenda parlamentar para patrocinar o festival), a Gerente da unidade Sesc Lageado e representante da Federação do Comércio do Mato Grosso do Sul – Fecomércio Cirlene Cruz (que patrocina o Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano por intermédio do SESC-MS) e o Representante da Federação da Indústria do Mato Grosso do Sul – FIEMS e Superintendente Régis Pereira Borges, patrocinador do festival por meio do SESI Cultura.

Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano.|Foto: Foto: Diego Cardoso

Dira Paes é de Abaetetuba, Pará. Com uma carreira premiada marcada por grandes colaborações, Dira Paes é também reconhecida por seu talento e versatilidade como atriz. No cinema, esteve em sucessos comerciais e críticos como “2 Filhos de Francisco: A História de Zezé di Camargo & Luciano”, “Amarelo Manga”, “Corisco & Dadá” e “Pureza” (pelo qual recebeu neste ano o prêmio de Melhor Atriz no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro). Na teledramaturgia, participou do elenco central de marcos contemporâneos como “Salve Jorge”, “Velho Chico” e “Pantanal”.

Em entrevista para a repórter Aletheya Alves, do canal Lado B (do jornal Campo Grande News), Dira Paes defendeu que no Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano “você vai ter uma reverência a América do Sul que não tem em nenhum outro festival do Brasil. Isso cria um diferencial, uma irmandade e possibilidade de dialogar, de se relacionar com os países que são nossos países hermanos”.

Sempre comprometida com uma arte que prestigia diferentes vozes, Dira falou ao jornalista e crítico de cinema Bruno Carmelo, do site e canal Meio Amargo, sobre o importante papel social que um festival como o Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano cumpre. “Eu acho que o Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano faz um fomento que não é somente sobre cinema. É sobre a vida do local, sobre as origens, sobre as culturas locais diversas, sobre unir pessoas distantes desses países, desses Brasis. O cinema fala muito mais sobre uma antropologia social, cultural, do que sobre audiovisual. Esta é a função de um festival de cinema.”

Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano.|Foto: Foto: Diego Cardoso

O festival, que acontece gratuitamente até o dia 11 de novembro no Centro de Convenções e na Câmara Municipal da cidade de Bonito – MS, oferecerá premiação em dinheiro e o Troféu Pantanal para os melhores filmes escolhidos por um Júri Oficial e pelo voto do público no Júri Popular nas categorias: melhor longa sul-americano, melhor curta sul-americano e melhor filme sul-mato-grossense.

Dividido em cinco categorias, a programação contará com seis títulos na mostra competitiva Longa-Metragem Sul-Americano: “Lucette” (de Mburucuya Fleitas e Oscar Ayala Paciello); “La pampa” (de Dorian Fernández Moris); “Green Grass” (de Ignacio Ruiz); “El visitante” (de Martin Boulocq); “La bruja de Hitler” (de Virna Molina e Ernesto Ardito); e o brasileiro “Mais Pesado É O Céu” (de Petrus Cariry).

Já na mostra Curta-Metragem Sul-Americano, os títulos são “Sigma” (Allan Riggs e Rubens Sant’Ana), “Milonga de espino” (Álvaro Leivas), “Vias” (Pablo Agustin Richards), “Yigayo yuwuerane” (Ross Dayana López), “Piedra dura” (Rommel Villa) e “Estrellas del desierto” (Katherina Harder). As suas exibições serão precedidas das obras da mostra Longa-Metragem Sul-Americano.

Outra mostra competitiva é a Filmes Sul-Mato-Grossenses, composta por “Planuras” (Mauricio Copetti), “Adão e Eva do Pantanal Sul” (Ara Martins), “Cordilheira de Amora II” (Jamille Fortunato), “As Marias” (Dannon Lacerda), “La plata ivygu – Enterros e Guardados” (Paulo Alvarenga Isidorio e Marcelo Felipe Sampaio), “Cativo” (Albano Pimenta), “De Tanto Olhar o Céu Gastei Meus Olhos” (Nathália Tereza), “A Outra Margem” (também de Nathália Tereza) e “A Dama do Rasqueado” (Marinete Pinheiro).

Para finalizar, há duas mostras paralelas. A Animasur é uma seleção de animações em curta-metragem voltada sobretudo para os públicos infantil e infantojuvenil, com quatro delas preparadas com recursos de acessibilidade. Já a Mostra Ambiental é representada por documentários e obras de ficção cujas temáticas estão relacionadas ao meio-ambiente.

“Inocência”, dirigido por Walter Lima Jr., será um dos destaques da programação deste domingo, 5 de novembro, em projeção batizada como Memória BonitoCineSur. Produzido em 1983 por Lucy e Luiz Carlos Barreto, o drama, adaptado do romance homônimo de Visconde de Taunay, é ambientado no Brasil imperial e acompanha um médico itinerante ao conhecer uma moça com malária, por quem se apaixona, sendo correspondido.

O diretor do Festival, Nilson Rodrigues, ressalta que “quer que o evento seja um espaço de encontro da melhor produção cinematográfica da América do Sul e também o ambiente para discutir os nossos mercados, as dificuldades que enfrentamos para termos acesso às nossas cinematografias. A ideia é contribuir para construir alternativas.”

Bonito Cinesur – Festival de Cinema Sul-Americano.|Foto: Foto: Diego Cardoso

O curador da Mostra de filmes sul-americanos de longa e curta-metragem, José Geraldo Couto, afirma que “a importância deste novo festival é enorme, por tornar a cidade de Bonito (e o estado do Mato Grosso do Sul) um polo importante de difusão e debate da produção cinematográfica contemporânea do continente. O MS está praticamente no centro da América do Sul, fazendo fronteira com a Bolívia e o Paraguai, o que faz dele uma região particularmente apropriada para a veiculação de obras e o intercâmbio de experiências dos realizadores cinematográficos do continente.”

Para complementar, José Geraldo aponta que “a busca pela diversidade temática e estética foi tão importante quanto a exigência de qualidade artística” na escolha das obras selecionadas. O curador afirmou ainda que “os filmes selecionados acabaram se impondo justamente por combinar relevância temática e excelência na realização cinematográfica. Em termos de tema, estão presentes questões candentes da atualidade: políticas, sociais, étnicas, de gênero, etc. Mas esses assuntos são abordados das mais diversas maneiras, e essencialmente cinematográfico, variando do drama ao suspense, do documentário ao fantástico.”

Além das Mostras de filmes, o evento contará com ampla programação com atividades formativas, fóruns de discussões sobre mercado de cinema e audiovisual na América do Sul, encontro com produtores e realizadores, oficinas de roteiro, de elaboração de projetos audiovisuais e de coprodução internacional e shows com convidados muito especiais.

 

A programação completa com fotos e sinopses dos filmes está no site do bonitocinesur.com.br

 

Confira o vídeo de apresentação:

 

Com informações da ASCOM Bonito Cinesur.

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