Crítica sem spoilers
O filme “A Pequena Sereia” teve seu lançamento no começo do mês de junho e vem atraindo comentários acerca dos seus aspectos adaptados do clássico para o live-action. Pode-se afirmar que por uma experiência subjetiva, o filme deixa a desejar em muitos aspectos. A única coisa que se destaca em quesitos de atuação no filme é a performance de Halle Bailey. Porém, mesmo assim, não é o suficiente para salvar o filme. A sensação que a atriz passa todo o momento do filme é de que ela estava mais preocupada com a movimentação em como se portar como sereia do que com a representação caricata de Ariel. Mas, sem dúvidas, possui uma voz incrível, superando em muitos momentos a original da animação.
Um dos elementos que mais incomoda no filme foi a escuridão. Muitas cenas no fundo do mar apresentam uma escuridão onde o telespectador fica confuso ao assistir. Desde a sua atmosfera até a caracterização do ambiente, tudo parece sombrio demais. Outro elemento da narrativa de extrema importância é a bruxa do mar, Úrsula onde a original da animação clássica causava pesadelos, mas a versão deste live-action parece estar embaçada por um efeito estranho, tirando sua força assustadora.
Além disso, é perceptivo que ha uma excessiva quantidade de animais cantando. O pássaro de Ariel, por exemplo, possui uma música só para si, e é puramente um preenchimento desnecessário. As canções neste filme apresentam sérios problemas. Não há interpretação nas novas músicas, nem nas letras. As músicas originais demonstravam toda a grandiosidade do oceano, enquanto neste live-action parecem estar falando sobre rios locais. Faltou a grandiosidade e o encantamento das canções originais.
Infelizmente, além de Halle, ninguém mais atua bem. O Linguado e o Sebastião carecem de carisma e parecem fora de sintonia com a história. É decepcionante ver que nenhum dos outros personagens alcançou um desempenho memorável.
Outro ponto negativo é a falta de elementos assustadores. Tudo que no original causava medo foi suavizado neste live-action, provavelmente para não assustar as crianças. No entanto, essa escolha retira a tensão e o impacto emocional que esses momentos poderiam proporcionar.
Em resumo, “A Pequena Sereia” é uma adaptação aquática que deixa a desejar. Com exceção da performance de Halle Bailey, o filme falha em vários aspectos, desde a escuridão excessiva até a falta de interpretação nas músicas e a ausência de elementos assustadores. Infelizmente, essa nova versão não consegue capturar a magia e o encanto do clássico original.
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