Cinebiografia de Elvis Presley estreia hoje nos cinemas

Foto: Divulgação
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Cinebiografia do “Rei do Rock” estreia nos cinemas com boa aprovação da crítica e Tom Hanks vivendo o empresário do cantor

Por Marcelo Rezende

Estamos na semana do rock, e a estreia de hoje não poderia ser melhor para os amantes do bom e velho rock and roll. Chega hoje aos cinemas do país “Elvis”, a cinebiografia de Elvis Presley, que é escrita e dirigida por Baz Luhrmann (“Moulin Rouge!”). No elenco estão Austin Butler (Elvis), Tom Hanks 777(Tom Parker), Olivia DeJonge (Priscilla Presley) e Dacre Montgomery (Steve Binder), entre outros.

O filme aborda a vida e a música de Elvis Presley sob o prisma da sua tumultuada relação com seu empresário controlador, o coronel Tom Parker. A história mergulha na dinâmica entre o cantor e seu empresário por mais de 20 anos em parceria, usando a paisagem dos Estados Unidos em constante evolução e a perda da inocência de Elvis ao longo dos anos como cantor. No meio de sua jornada e carreira, Elvis encontrará Priscilla Presley, fonte de sua inspiração e uma das pessoas mais importantes de sua vida.

Curiosidades

Para interpretar Elvis, Austin Butler precisou passar por um longo processo de preparação para se transformar no “Rei do Rock” e, por isso, o ator revelou que não viu sua família por três anos. Em entrevista ao E! News: Daily Pop, Austin Butler confessou que sua vida pessoal foi afetada durante as filmagens de Elvis. “Eu não vi minha família por três anos. Eu não vi nenhum dos meus amigos durante todo esse tempo.” Equilibrar a vida real com a obsessão por um papel é algo que o ator disse que ainda está tentando resolver, além de não deixar que a opinião das pessoas sobre a produção o afete.

Antes das filmagens, o ator realizou de 6 a 7 dias por semana de treinamento de voz, com diferentes especialistas para conseguir alcançar a voz de Elvis, assim como o dialeto e todas as minúcias. Porém, Butler percebeu que não se tratava apenas de recriar perfeitamente o cantor, mas, na verdade, era a história do personagem que importava. A dedicação dele valeu a pena, pois sua performance impressionou até mesmo a família de Presley, especialmente a filha Lisa Marie Presley, de acordo com o diretor Luhrmann.

Críticas

No site agregador de críticas Rotten Tomatoes, até o fechamento desta edição, a produção estava com 78% de aprovação da crítica especializada, com nota 6,8/10 baseada em 334 reviews até o momento. Já na avaliação da audiência, o filme atingiu o expressivo número de 94% de aprovação, com nota 4,6/5. No exterior a crítica especializada exalta o trabalho do diretor Baz Luhrmann, que dá o tom de espetáculo à produção.

“‘Elvis’ é muito longo, muito melodramático, muito tudo. Mas é também bastante divertido.” – “Baltimore Magazine”

“O que acontece quando o diretor de ‘Moulin Rouge!’ faz um filme sobre Elvis? Bastante ritmo, música e brilho.” – Metro.co.uk

“‘Elvis’ é um filme vibrante, que é o que esperaríamos de um filme de Luhrmann – mas o que é mais impressionante é como ele usa a música para levá-lo ao próximo nível.” – Mat’s Entertainment

“O retrato do declínio inexorável de Elvis é epítome de um filme que regularmente se afasta das observações sobre o ícone para meramente falar sobre seu poder de estrelato.” – Slant Magazine

“O Rei vive!” – Toronto Star

Críticos brasileiros

Miguel Morales, que escreve para o site Arroba Nerd, aprovou o filme. “Mesmo longo, Elvis acaba por ser um filme bem dinâmico ao explorar os diversos anos que o filme com preende. E também pelo fato de que Luhrmann consegue incluir no contexto da trama as mudanças sociais por que os EUA passaram, e navega por esses anos por meio do prisma dos ‘Anos Elvis’ de uma forma muito interessante de se acompanhar e sem deixar de frisar como o cantor foi uma força da natureza e os motivos que o fizeram ser um dos maiores artistas americanos.”

O crítico Igor Miranda elogiou o longa. “‘Elvis’, o filme, faz justiça a uma carreira que nem sempre é contada direito por muita gente. Mostra porque Presley é chamado até hoje de ‘Rei do Rock’ – ‘rei’, não ‘criador’ – e evidencia os problemas que vários artistas enfrentam, seja com empresários, seja com seus próprios demônios. Não é por acaso que tantos profissionais do entretenimento têm, cedo ou tarde, o mesmo fim de Elvis. Apesar dos pequenos problemas com a correria do primeiro terço do longa e da interpretação de Tom Hanks, a cinebiografia convence não apenas pela honestidade na história contada, como também pelo espetáculo oferecido – nas interpretações, na edição e nas performances musicais. ‘Elvis’ é, acima de tudo, um retrato do que é o show business, das glórias às adversidades.”

Hiccaro Rodrigues, do site Estação Nerd, não só enalteceu a trilha sonora do filme, como cravou o Oscar de melhor filme para o ator Austin Butler. “A trilha sonora conta com diversos sucessos do cantor e com outras músicas que podem surpreender o espectador. A cena na qual vemos Elvis no especial de Natal, enquanto se rebela e foge das rédeas impostas pelo seu empresário, e o show em Vegas são algumas das pérolas visuais criadas por Luhrmann. A cereja do bolo é a execução de ‘Unchained Melody’ em meio a cenas reais do show. Elvis é uma cinebiografia vibrante e controversa, que, com certeza, dará um Oscar de melhor ator para Austin Butler por sua atuação. Este é o filme mais imperdível de 2022!”

Caio Coletti, do site Omelete, classificou “Elvis” como ótimo. “Acontece que, sob o olhar de quem reconhece entretenimento e arte pop como propósitos por si mesmos, ele é certamente um belo espetáculo. Se você me perguntar, o maior ponto que o filme tem em comum com o verdadeiro Elvis Presley é esse: no fim das contas, render-se aos prazeres que ele oferece é muito melhor do que tentar entendê-lo a partir de um molde no qual ele não tem vontade nenhuma de caber.”

“Elvis” estreia hoje nos cinemas da Capital e a classificação é de 14 anos.

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